Viracopos quer integrar ramais ferroviários
Projeto faz parte das obras de ampliação do aeroporto
São Paulo|Do R7
A concessionária Aeroportos Brasil, que assume nesta quarta-feira (14) a administração do Aeroporto Internacional de Viracopos por 30 anos, negocia com os governos federal e estadual a extensão de ramal ferroviário que transforme o aeroporto em ponto de passagem na rota São Paulo—Campinas, dentro dos dois maiores projetos do setor em andamento no Estado: o TAV (trem de alta velocidade) e o trem expresso paulista.
O projeto de integração ferroviária faz parte das obras de ampliação de Viracopos, que será o maior aeroporto do País, com capacidade para 80 milhões de passageiros por ano, ao fim da concessão. Sob o conceito de cidade aeroportuária — com hotéis, shopping e centro de convenções —, a primeira etapa da obra deve ser entregue até a Copa de 2014 e vai ampliar sua capacidade dos atuais 7,5 milhões de passageiros ao ano para 14 milhões de passageiros ao ano, afirmou o presidente da concessionária, João Santana.
—Tratamos as possibilidades de interligação com os dois maiores projetos ferroviários do Estado. Na rota de São Paulo a Jundiaí, o natural para atingir Campinas é seguir Jundiaí, Louveira e chegar a Campinas. Queremos construir um ramal que faça Jundiaí a Viracopos e Viracopos a Campinas ou Viracopos a Jundiaí. Queremos que essa seja a rota, seja recebendo e distribuindo para o trem de alta velocidade, seja recebendo e distribuindo para os trens regionais.
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Uma das propostas da concessionária é usar a Estação Cultura (antiga estação da Mogiana) — um dos pontos possíveis de chegada do TAV — como conexão direta para os passageiros.
A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), responsável pelo TAV na esfera federal, diz que a estação em Viracopos é certa. A Secretaria dos Transportes Metropolitanos informa que o governo do Estado negocia com o federal o compartilhamento dos trilhos do TAV com o projeto do trem regional que ligará São Paulo a Campinas. A localização das estações, no entanto, ainda não está definida.
Prioridades
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Santana afirmou que, além do projeto do modal ferroviário, são prioridades para a concessionária a ampliação da pista auxiliar de Viracopos — para evitar que o aeroporto fique fechado em caso de acidente na pista principal, como aconteceu em outubro quando um cargueiro quebrou —, o término de construção da pista de taxiamento, a compra do equipamento para resgate de aeronaves quebradas, a aceleração das obras de construção do novo terminal e a criação de um duto ligando o aeroporto à Replan (Refinaria de Paulínia) para abastecer aviões.
A primeira etapa da obra está orçada em R$ 1,4 bilhão. Ao todo, serão investidos R$ 8,4 bilhões nas cinco fases de expansão. O novo terminal terá 110 mil metros quadrados de área total, edifício-garagem com três pisos e capacidade para 4,5 mil veículos (o atual suporta 2,1 mil) e 28 posições para estacionamento de aeronaves com pontes de embarque e desembarque (fingers), o que não existe hoje, além de sete posições remotas (com acesso aos aviões por ônibus). As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.