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100 milhões de brasileiros já tomaram 1ª dose ou dose única

Aproximadamente 17,8% de toda a população já completaram o esquema vacinal contra a covid-19

Saúde|Fernando Mellis, do R7

Percentual da população completamente imunizada ainda é baixo: 17,8%
Percentual da população completamente imunizada ainda é baixo: 17,8%

O Brasil bateu nesta terça-feira (27) a marca de 100 milhões de pessoas vacinadas contra a covid-19 com pelo menos uma dose ou com dose única, 191 dias após o início da campanha de imunização no país.

Segundo dados do Ministério da Saúde, 96,5 milhões já receberam a primeira dose de um dos imunizantes CoronaVac, Pfizer ou AstraZeneca, enquanto 3,87 milhões tomaram a vacina de dose única da Janssen, totalizando 100,4 milhões.

Este número representa cerca de 47% da população total do Brasil. Mas cabe ressaltar que ainda não há liberação do PNI (Programa Nacional de Imunizações) para vacinar menores de 18 anos contra a covid-19, embora algumas cidades já estejam aplicando vacinas em adolescentes com comorbidades.

Ainda conforme os números de hoje, 38 milhões completaram o esquema vacinal, seja com duas doses ou dose única, aproximadamente 17,8% da população total e 24% dos adultos acima de 18 anos.


No Mapa da Vacinação do R7, os quase 4 milhões que receberam a dose única da Janssen aparecem na mesma conta dos que já completaram a imunização.

A diferença entre primeira e segunda doses se deve principalmente ao intervalo de 12 semanas adotado para as vacinas da AstraZeneca e Pfizer.


Como estes dois imunizantes começaram a ser usados em grandes grupos da população — e em maiores volumes — a partir de maio e junho, essas pessoas só vão concluir o esquema vacinal a partir de agosto e setembro.

Com o avanço da variante Delta e a previsão de um número mais significativo de vacinas nos próximos meses, o governo irá reduzir de 12 semanas para 21 dias o intervalo entre as doses da Pfizer. Este é o período estipulado em bula.


A medida acelera a conclusão do esquema vacinal deste grupo. Ainda não há consenso em relação à vacina da AstraZeneca, já que a bula prevê a segunda dose entre 8 e 12 semanas, sendo que o período mais longo fornece uma resposta imunológica melhor em relação ao mais curto.

Ontem, a secretária extraordinária de enfrentamento à covid-19, Rosana Leite, afirmou que o governo deve receber 63 milhões de novas doses de imunizantes no mês de agosto. 

Ela salientou que todos os grupos prioritários já estão cobertos. Mas conforme a vacinação avança por faixa etária, são necessárias mais doses por se tratar de populações em maior número. 

Redução de internações e mortes

Embora o percentual total da população completamente imunizada ainda seja baixo quando comparado a países que começaram a vacinação antes, o Brasil já sente os efeitos positivos da campanha.

As mortes por covid-19 caem há cinco semanas seguidas, no menor patamar desde meados de fevereiro. O Ministério da Saúde registrou queda de 40% do número de novos casos e óbitos nos últimos 30 dias, na comparação com o período anterior. 

Os boletins recentes do Observatório Covid-19 da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) também mostram uma tendência de queda das ocupações de leitos de UTI, um indicativo de que as vacinas, mesmo que com esquema ainda incompleto, já podem estar prevenindo o agravamento da doença ainda que haja o contágio.

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