98% das farmácias do estado de São Paulo relatam falta de medicamentos
Antibióticos, mucolíticos, anti-histamínicos e analgésicos são os produtos mais em falta, aponta levantamento feito entre 19 e 30 de julho
Saúde|Do R7
O CRF-SP (Conselho Regional de Farmácia de São Paulo) divulgou nesta quarta-feira (10) que 98% das farmácias do estado de São Paulo, entre públicas e privadas, seguem com falta de medicamentos que deveriam estar disponíveis à população.
Os dados fazem parte do segundo levantamento feito pela entidade, em que foram ouvidos 2.200 farmacêuticos, no período entre 19 e 30 de julho. Na primeira pesquisa, realizada em maio de 2022, a porcentagem foi a mesma, porém tinham sido entrevistados 1.123 profissionais.
Os antibióticos, mucolíticos — responsáveis por deixar o muco mais fluido para ser eliminado com mais facilidade —, anti-histamínicos, que tratam alergias, e analgésicos seguem entre os fármacos mais em falta nos estabelecimentos.
A maioria dos estabelecimentos destaca a falta das formulações líquidas, usadas preferencialmente em crianças. O conselho adverte que esse problema pode prejudicar muito a população pediátrica, pois a maioria dos medicamentos para essa faixa etária é líquida, por ser mais fácil de administrar.
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Alternativas para a população
A pesquisa também perguntou aos profissionais quais alternativas eles vinham usando para contornar o desabastecimento. A maioria dos farmacêuticos (76,48%) disse que sugerem a substituição por um medicamento com outro princípio ativo, mas com ação semelhante.
Já 64,14% indicam a substituição por remédios genéricos ou similares. Por sua vez, outros farmacêuticos sugerem, entre os fármacos disponíveis no estabelecimento, o mais adequado para o quadro do paciente, no caso de serem produtos que não necessitam de prescrição ou de doenças que possam ser tratadas com medicamentos isentos de prescrição.
Uma parte dos entrevistados sugere ainda ao paciente a manipulação do medicamento, caso o pedido tenha sido prescrito pelo princípio ativo.
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