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Adenocarcinoma pulmonar: entenda o câncer que afeta Ana Maria Braga

Apresentadora afirmou nesta segunda que não é possível fazer cirurgia para retirar o tumor; ela já está em tratamento de quimioterapia e imunoterapia

Saúde|Fernando Mellis, do R7

Ana Maria já teve câncer outras vezes
Ana Maria já teve câncer outras vezes Ana Maria já teve câncer outras vezes

A apresentadora Ana Maria Braga, de 70 anos, iniciou na semana passada o tratamento contra um câncer de pulmão do tipo adenocarcinoma. Nesta segunda-feira (27), ela contou ao vivo detalhes da doença.

É o terceiro tumor de pulmão que ela tem em menos de cinco anos. A apresentadora também teve câncer de pele, em 1991, e colorretal, em 2001. 

"Infelizmente, fui diagnosticada com outro câncer de pulmão. É um adenocarcinoma, o nome científico dele, semelhante aos outros, mas que é mais agressivo e não é passível de cirurgia ou de radioterapia."

"O adenocarcinoma de pulmão é um subtipo de tumor bastante comum hoje em dia. O fato de ser um adenocarcinoma por si só não o torna mais agressivo. O grande problema, como em qualquer outro câncer, é a extensão da doença. Às vezes, a lesão não é tão grande assim, mas se está em alguns pontos que inviabilizam uma cirurgia", explica Carlos Henrique Teixeira, coordenador da oncologia torácica do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

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A cirurgia, chamada de lobectomia, é um tratamento local que consiste na remoção da lesão cancerígena. Quando não é possível realizar esse procedimento, os médicos optam pelo tratamento medicamentoso.

A retirada total do pulmão (pneumectomia) ocorre em pouquíssimos casos, pois prejudica muito a capacidade respiratória do paciente, afirma Teixeira. 

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Além da quimioterapia, Ana Maria passará por sessões de imunoterapia, tratamento relativamente novo e que tem apresentado bons resultados.

"A quimioterapia tem uma ação mais genérica, mata a célula que está se multiplicando rápido. A gente sabe que o tumor tem algumas proteínas que o fazem ficar invisível para sistema imunológico. Com a imunoterapia, o medicamento se liga a essas proteínas e o tumor fica visível para o sistema imunológico", acrescenta a médica, Milena Mak, oncologista da Rede D'Or e do grupo de oncologia torácica e câncer de cabeça e pescoço do Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo).

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Teixeira destaca que o tratamento contra o câncer de pulmão evoluiu significativamente na última década.

"A gente, em geral, dizia para esses pacientes que tentaríamos um controle, por um tempo difícil de determinar, mas que a cura era um processo mais difícil de se atingir. Agora, com a imunoterapia, alguns pacientes têm conseguido um controle de longo prazo. Como é um tratamento recente, em alguns até desaparece a doença e começamos a pensar sim na possibilidade de cura, ainda remota, mas cada vez mais vislumbrada."

Ana Maria contou em entrevistas nos últimos anos sobre a luta contra o tabagismo.

"Travo uma luta para deixar o cigarro. É dependência química igual à do crack. Penso em me internar para me livrar do vício", afirmou em 2017 à revista Veja Rio.

Os médicos ressaltam o fato de em 90% dos diagnósticos de câncer de pulmão o paciente fuma. Cânceres de traqueia, brônquios e pulmões são os que mais matam no Brasil — cerca de 28 mil óbitos todos os anos. Em 2018, foram diagnosticados 31,2 mil novos casos desses tipos de tumores.

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