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Américas voltam a registrar casos de sarampo por falta de vacinação, comenta infectologista

Casos no Canadá e Brasil acendem alerta para desinformação contra imunizantes

Saúde|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • A Organização Pan-Americana da Saúde anunciou que as Américas perderam o status de região livre do sarampo devido à circulação endêmica do vírus no Canadá.
  • A cobertura vacinal média da segunda dose da tríplice viral em 2024 foi de apenas 79%, abaixo dos 95% recomendados.
  • No Brasil, foram confirmados 34 casos de sarampo em 2024, principalmente em Tocantins, mas o país mantém a certificação de eliminação.
  • Especialistas alertam sobre o impacto das fake news na adesão à vacinação e enfatizam a importância de garantir a cobertura vacinal para evitar surtos futuros.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

A Organização Pan-Americana da Saúde anunciou, na segunda-feira (10), que as Américas perderam o status de região livre do sarampo, após o Canadá registrar circulação endêmica do vírus por mais de 12 meses.

A cobertura vacinal é um dos principais fatores para essa reversão: em 2024, a taxa média da segunda dose da tríplice viral foi de apenas 79%, abaixo dos 95% recomendados para evitar surtos da doença.


No Brasil, foram confirmados 34 casos neste ano, a maioria em Tocantins, mas o país ainda mantém a certificação de eliminação obtida em 2024. Segundo o infectologista Marcelo Otsuka, presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo, o cenário é preocupante porque o sarampo é uma doença totalmente prevenível por vacina.

Única forma de evitar novos surtos é garantir alta cobertura vacinal, alerta especialista Reprodução/RECORD NEWS

Ao Conexão Record News de quinta-feira (12), o médico alerta que, sem cobertura adequada, há risco de transmissão autóctone no Brasil, ou seja, casos originados dentro do país. Para o especialista, isso é resultado de múltiplos fatores, incluindo falta de acesso à imunização em algumas regiões e desinformação sobre vacinas.


Otsuka lembra que muitas pessoas não têm memória dos surtos graves de sarampo e subestimam a doença. Ele explica que, antes da AIDS, o sarampo era a enfermidade que mais causava imunodepressão, abrindo caminho para complicações fatais. Além disso, o vírus pode provocar danos neurológicos anos após a infecção, como a panencefalite esclerosante subaguda, pouco conhecida pela população.

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Outro ponto destacado pelo médico é o impacto das fake news. Ele reforça que os imunizantes são seguros e amplamente testados, e que mensagens falsas ou maldosas sobre vacinas contribuem para reduzir a adesão. O especialista recomenda que informações não verificadas nunca sejam compartilhadas, nem mesmo para tirar dúvidas, pois isso alimentam a circulação de conteúdos prejudiciais.


O especialista alerta que crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas são os grupos mais vulneráveis às complicações do sarampo. Mesmo quem já teve a doença pode voltar a ser suscetível com a queda da imunidade ao longo dos anos. Para ele, a única forma de evitar novos surtos é garantir alta cobertura vacinal e combater a desinformação.

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