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Anvisa: vacina da Pfizer pode ser mantida em geladeira por até 5 dias

Aprovação do imunizante leva em conta possível armazenamento em temperatura de 2°C a 8°C, como ocorre com outras vacinas

Saúde|Fernando Mellis, do R7

Brasil foi o primeiro país das Américas a conceder registro definitivo à vacina da Pfizer/BioNTech
Brasil foi o primeiro país das Américas a conceder registro definitivo à vacina da Pfizer/BioNTech

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o armazenamento da vacina contra covid-19 da Pfizer/BioNTech em temperatura de geladeira comum (2°C a 8°C) por até cinco dias.

A informação, divulgada no fim da tarde desta terça-feira (23), indica uma facilitação para o uso do imunizante, que exige temperaturas abaixo de -60°C para se manter estável por mais tempo.

O prazo de validade provisório aprovado pela Anvisa é de seis meses, desde que a vacina seja mantida a -60°C e protegida da luz.

No entanto, a agência frisou que o produto "se mantém estável por até cinco dias" em geladeiras disponíveis nos postos de vacinação para outros imunizantes, como os já em uso (CoronaVac e Oxford/AstraZeneca).


A vacina da Pfizer ainda pode ser mantida por até 2 horas em temperatura de 30°C antes de ser diluída. Uma vez diluída em soro fisiológico, o uso deve ser imediato.

Um dos argumentos contrários ao uso da vacina da Pfizer apontado pelo Ministério da Saúde era o fato de o Brasil não ter uma cadeia de frios que permitisse o armazenamento dos produtos em temperaturas ultrafrias.


A Pfizer chegou a desenvolver uma caixa com gelo seco que mantém as vacinas congeladas abaixo de -60°C por até 15 dias, o que facilita o transporte.

Os gerentes da Anvisa afirmaram que não houve até o momento qualquer efeito colateral grave que seja impeditivo ao uso do imunizante.


A única ressalva é para pessoas com hipersensibilidade a algum componente da fórmula. Isto vale especialmente a indivíduos com histórico de alergia a medicamentos ou vacinas.

A vacina da Pfizer/BioNTech obteve registro sanitário da Anvisa nesta terça-feira. A outorga permite à farmacêutica um uso amplo do imunizante e também a comercialização.

Até então, as vacinas CoronaVac e Oxford/AstraZeneca estão sendo aplicadas no país com autorização de uso emergencial, uma modalidade nova e que restringe as aplicações a grupos específicos e proíbe a venda.

A aprovação do registro sanitário da Anvisa ocorreu 18 dias após a formalização do pedido por parte da Wyeth, divisão de vacinas da Pfizer.

Todavia, desde julho de 2020 a Anvisa mantinha tratativas e recebimento de documentos por parte da farmacêutica.

A vacina Pfizer/BioNTech passou por testes clínicos de fase 3 em cerca de 3.000 voluntários no Brasil.

O registro sanitário vale para sete fábricas da Pfizer e da BioNTech, tanto para IFA (ingrediente farmacêutico ativo) como para o produto acabado, nos EUA, Alemanha, Áustria e Bélgica.

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