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Brasil receberá 'avalanche de propostas' de vacinas, diz Pazuello

Ministro deu a declaração durante lançamento de projeto para capacitar profissionais de saúde que atuam em vacinação

Saúde|Brenda Marques, do R7

Brasil terá "avalanche de propostas" de vacinas, disse Pazuello
Brasil terá "avalanche de propostas" de vacinas, disse Pazuello Carla Carniel/Reuters - 18.01.2021

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta quinta-feira (21) que o Brasil terá uma avalanche de propostas para a aquisição de vacinas apresentadas por laboratórios entre este mês e o começo de fevereiro. A declaração foi dada durante o lançamento de programa de capacitação a distância para profissionais de saúde que atuam diretamente na imunização da população.

"A vacina está distribuída. Estamos no processo de receber novas doses tanto da AstraZeneca quanto as doses fabricadas pelo Butantan. Outros laboratórios apresentam suas propostas, era o que esperávamos. Em janeiro, que é agora, e começo de fevereiro vai ser uma avalanche de laboratórios apresentando propostas, porque são 270 iniciativas no mundo produzindo vacinas e a gente tem que estar com muita atenção para colocar todas elas o mais rápido possível disponível", disse.

Nesta semana, o Brasil começou a imunização de grupos prioritários, que foi possível por meio das 6 milhões de doses disponíveis da CoronaVac, produzidas pelo laboratório Sinovac e importadas da China pelo governo de São Paulo.

Antes. a previsão que constava no plano nacional de vacinação contra a covid-19 era dar a largada com a vacina de Oxford, desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford. A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) adiou de fevereiro para março a entrega das primeiras doses da vacina a serem produzidas no Brasil devido ao atraso na chegada do insumo farmacêutico ativo (IFA) da China.


O governo brasileiro recebeu, no ano passado, três propostas da Pfizer para a venda de 70 milhões de doses de sua vacina contra a covid-19, com previsão de entrega no início de dezembro de 2020. A primeira proposta foi enviada ainda em agosto, de acordo com comunicado da empresa.

'Ministério não tem ação prática'

Pazuello também aproveitou a ocasião para comentar sobre a estrutura do SUS (Sistema Único de Saúde) e afirmou que "o ministério não tem ação prática na sua constituição", pois cada nível de governo - municipal, estadual e federal - tem um dever a cumprir.


"Não podemos confundir a tarefa de cada um [...] O ministério não tem ação prática na sua constituição, 100% da execução está nos estados e municípios. Nos estados, na maioria das vezes, na alta complexidade e nos municípios, no atendimento básico", destacou.

Ele acrescentou que o Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e o Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde) não são apenas "associações de secretários', mas têm responsabilidades e competências com o orçamento federal, dentre elas pactuar com todas as ações do SUS.


"A compreensão disso é para que todos entendam que a decisão não está centrada em Brasília. Está tendo o olho dos estados e municípios para que seja o mais abrangente e democrática possível", acrescentou.

O projeto

O ImunizaSUS vai capacitar, por meio de aulas a distância, mais de 94 mil profissonais de saúde que já atuam diretamente na vacinação da população em UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e, com isso, também serão responsáveis pela imunização contra a covid-19.

O Ministério da Saúde investiu R$ 58 milhões para financiar a ação. No total, serão 180 horas de teleaulas com tutores previamente treinados, transmitidas nas UBSs do país. A capacitação terá início em fevereiro.

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