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Brasil registrou em média 90 acidentes com abelhas por dia em 2023, diz Ministério da Saúde

Pasta contabilizou 33 mil casos no ano passado; acidentes com cobras e abelhas apresentaram as maiores taxas de letalidade

Saúde|Do R7, com informações do Ministério da Saúde

SUS oferece tratamento na rede pública Rovena Rosa/Agência Brasil/Arquivo

O Brasil registrou, em média, 90 acidentes com abelhas por dia no ano passado. Os dados são do Ministério da Saúde (MS) e totalizam 33 mil ocorrências. Entre os casos reportados, os acidentes com cobras e abelhas apresentaram as maiores taxas de letalidade, totalizando 0,43% e 0,37%, respectivamente.

O coordenador-geral de Vigilância de Zoonoses e Doenças de Transmissão Vetorial do ministério, Francisco Edilson Ferreira, explica que as abelhas não representam um perigo quando estão fora das colmeias, a menos que se sintam ameaçadas.

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“A interação entre humanos e abelhas, especialmente em ambientes rurais e urbanos, destaca a importância de medidas preventivas eficazes. A remoção segura de colônias próximas a áreas habitadas, o uso de equipamentos de proteção pelos trabalhadores rurais e a conscientização da população são fundamentais para a redução dos acidentes”, destaca.

Em situações de perigo, as abelhas-operárias reagem com o ferrão e picam. Ao picar, elas perdem o ferrão e morrem em seguida. Ao atacar nas proximidades de um enxame, as primeiras abelhas liberam um feromônio que faz com que outras também ataquem o mesmo alvo, o que pode causar um acidente com centenas de picadas.


Os acidentes com animais peçonhentos têm crescido no país a cada ano, devido a fatores como a expansão da ocorrência de espécies bem adaptadas à convivência humana, o avanço desordenado da ocupação humana e as alterações climáticas.

Ferreira explica que a mudança nas temperaturas afeta o padrão de distribuição desses animais. “Outro fator importante é que as mudanças climáticas estão afetando o padrão de distribuição das abelhas, que estão procurando as cidades em busca de alimento, interferindo na ocorrência de acidentes”, complementa.


Antivenenos

O MS comprou 450 mil frascos de antivenenos no último contrato junto ao Instituto Butantan. O número representa um aumento de 4,7% em relação ao último acordo. O material será utilizado no atendimento de todos os acidentes por animais peçonhentos tratados com esses imunobiológicos na rede do Sistema Único de Saúde (SUS). “O aumento na disponibilidade de antivenenos faz parte da estratégia para que o Brasil alcance os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que prevê a redução de 50% da mortalidade decorrente de acidentes ofídicos até 2030″, afirma a pasta.


Como evitar acidentes

  • A remoção das colônias de abelhas situadas em lugares públicos ou residências deve ser efetuada por profissionais devidamente treinados e equipados, preferencialmente à noite ou ao entardecer, quando os insetos estão calmos;
  • Evite caminhar e correr na rota de voo das abelhas;
  • Não se aproxime de colmeias de abelhas africanizadas sem vestuário e equipamentos adequados (macacão, luvas, máscara, botas, fumigador);
  • Barulhos, perfumes fortes, desodorantes, o próprio suor do corpo e cores escuras (principalmente preta e azul-marinho) podem desencadear o comportamento agressivo das abelhas;
  • Sons de motores de aparelhos de jardinagem, por exemplo, também irritam as abelhas, assim como o som de motores de popa;
  • No campo, o trabalhador deve ficar atento à presença de abelhas, especialmente ao arar a terra com tratores.

Primeiros Socorros

Em caso de acidentes, deve-se ligar para o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) que atende a região. Dependendo da gravidade, o centro de informação orientará sobre a busca por atendimento e primeiros socorros.

Outras informações sobre primeiros socorros estão abaixo:

  • Lave a região afetada com água e sabão;
  • Remova os ferrões da pele com lâmina ou agulha, sem pressioná-los;
  • Evite retirá-los com pinças, pois estas podem provocar a compressão dos reservatórios de veneno, causando a inoculação do veneno ainda existente no ferrão;
  • Não realize procedimentos caseiros e procure imediatamente o serviço de saúde de referência para os acidentes por animais peçonhentos.

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