Brasil tem 1.046 casos confirmados de microcefalia
Foram encontrados traços de infecção pelo vírus zika em 170 bebês com a má-formação
Saúde|Do R7, com Estadão Conteúdo e Agência Brasil

O número de casos suspeitos de microcefalia passou de 6.776 para 6.906 em uma semana. Do total de registros acumulados desde agosto do ano passado até agora, 1.814 foram descartados, 1.046 foram confirmados para microcefalia e 4.046 estão sob investigação.
Até o momento, foram encontrados traços de infecção pelo vírus zika em 170 amostras de bebês com a má-formação, 40 a mais do que o boletim divulgado pelo Ministério da Saúde semana passada.
O número de abortos e mortes de bebês com microcefalia logo depois do parto também aumentou. Foram registrados 227 óbitos, ante 208 contabilizados na semana passada.
Pesquisa
O Ministério da Saúde também divulgou resultados preliminares de estudo feito na Paraíba que apontam maior risco de bebês nascerem com microcefalia quando as gestantes são infectadas pelo vírus Zika no primeiro trimestre de gravidez.
Desde que a relação entre o vírus e a malformação foi feita, os infectologistas e neurologistas acreditavam fortemente nesta hipótese, mas para a confirmação científica é necessária a conclusão do estudo.
Para a pesquisa, feita em parceria entre o Ministério da Saúde, o governo da Paraíba e Centro de Controle e Prevenção de Doenças Transmissíveis dos Estados Unidos, 165 entrevistas com mães de bebês com microcefalia e 446 mães de bebês da mesma região sem microcefalia. Todas as mães têm bebês de até sete meses.
O Ministério da Saúde, em pareceria com o governo da Paraíba e Centro de Controle e Prevenção de Doenças Transmissíveis (CDC) dos Estados Unidos, continua com a análise das amostras de sangue coletadas nas mães e bebês paraibanos.
Somente após esta fase, os resultados finais serão divulgados. O resultado inicial do estudo também não encontrou nenhuma associação da microcefalia com a exposição de produtos como inseticidas, por exemplo.















