Brasil tem 35 casos confirmados da variante Ômicron
Balanço divulgado pelo Ministério da Saúde mostra, ainda, que outros 57 casos estão em investigação
Saúde|Da Agência Brasil com Agência Estado
Balanço divulgado na quinta-feira (23) pelo Ministério da Saúde mostra que foram registrados 35 casos no Brasil da nova variante do coronavírus, a Ômicron.
As infecções foram registradas em São Paulo (20), em Goiás (4), em Minas Gerais (3), no Rio Grande do Sul (3), no Distrito Federal (2), no Rio de Janeiro (1), no Espírito Santo (1) e em Santa Catarina (1).
Há ainda, segundo a pasta, 57 casos em investigação, sendo 15 no Distrito Federal, 19 em Minas Gerais e 23 no Rio Grande do Sul.
Ômicron: risco de internação é 40% menor
Pacientes com Covid-19 infectados pela variante Ômicron têm menor risco de hospitalização do que os que contraíram a Delta, de acordo com pesquisa do Imperial College de Londres divulgada na quarta-feira (22). A possibilidade de internação com a nova cepa do coronavírus é 40% a 45% menor.
A pesquisa analisou dados de casos confirmados por testes laboratoriais RT-PCR (o molecular, considerado o mais preciso) na Inglaterra, entre 1º e 14 de dezembro. Foram 56 mil diagnósticos de Ômicron e 269 mil de Delta estudados.
Ao mesmo tempo, os cientistas descobriram que "o risco de hospitalização é semelhante para Ômicron e Delta em pessoas com teste positivo para a infecção que já receberam ao menos duas doses da vacina", o que "reflete a redução da eficácia das vacinas contra a Ômicron em comparação à Delta", disse em nota o Imperial College. "Porém, o risco de hospitalização de pessoas vacinadas continua sendo menor que o observado entre as não vacinadas."
"Nossa análise fornece evidências de uma redução moderada no risco de hospitalização associada à variante Ômicron", disse o epidemiologista Neil Ferguson, um dos autores do estudo. O pesquisador acrescentou que, no entanto, "isso parece ser 'compensado' pela eficácia reduzida das vacinas contra a infecção" da nova linhagem.
A epidemiologista Azra Ghani afirmou que, mesmo que a redução da possibilidade de internação seja tranquilizadora, o "risco de infecção continua a ser extremamente elevado". E advertiu: "Com a adição da dose de reforço, as vacinas continuam a oferecer a melhor proteção contra a infecção e a hospitalização".