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Camarões fecha fronteiras com a Nigéria para evitar chegada do ebola

Vírus já matou mais de mil pessoas na África Ocidental 

Saúde|Do R7

Desde que o surto surgiu em março em Guiné, um total de 2.127 pessoas foram infectadas pelo vírus
Desde que o surto surgiu em março em Guiné, um total de 2.127 pessoas foram infectadas pelo vírus

O governo de Camarões fechou todas suas fronteiras com a Nigéria, onde quatro pessoas morreram por conta do ebola, em uma tentativa de evitar a chegada do vírus, que já matou mais de mil de pessoas na África Ocidental, informou nesta segunda-feira (18) a imprensa local.

Camarões adotou esta medida depois que vários governos africanos proibiram a entrada de pessoas procedentes de algum dos quatro países afetados pelo vírus ― Guiné, Libéria, Serra Leoa e Nigéria ― ou interromperam o comércio de mercadorias com eles.

Segundo explicou a rádio "CRTV", a medida foi aprovada depois que a região noroeste do país, que compartilha mais de 250 quilômetros de fronteira com a Nigéria, pressionou as autoridades camaronesas a endurecer as medidas de segurança.

Quênia barra viajantes de países atingidos pelo ebola


Na Nigéria, as autoridades sanitárias seguem bem de perto a situação para evitar que o vírus se expanda no país mais povoado da África, onde até o momento morreram quatro pessoas após ter mantido contato direto com o primeiro infectado.

A primeira vítima mortal em território nigeriano foi um viajante procedente da Libéria que foi hospitalizado após chegar por via aérea a Lagos, a capital nigeriana, onde posteriormente faleceu. Camarões adotou esta medida apesar da OMS (Organização Mundial da Saúde) pedir nesta segunda aos países que não estão diretamente afetados pelo surto que evitem a adoção de medidas que possam dificultar as viagens e o comércio internacional.


No entanto, a partir de terça-feira (18), o Quênia também fechará "temporariamente" a entrada ao país para viajantes de Guiné, Serra Leoa e Libéria para tentar conter o vírus, embora os cidadãos nigerianos ficaram excluídos desta medida. Além disso, várias companhias aéreas de diferentes países também decidiram cancelar alguns voos a África Ocidental.

Segundo a última apuração da OMS, desde que o surto surgiu em março em Guiné, um total de 2.127 pessoas foram infectadas pelo vírus na África Ocidental, das quais 1.145 morreram. A doença ― que é transmitida por contato direto com o sangue e fluídos corporais de pessoas ou animais infectados ― causa hemorragias graves e pode ter uma taxa de mortalidade de 90%. Esta é a primeira vez que é identificada e confirmada uma epidemia de ebola na África Ocidental, pois até agora sempre tinha ocorrido na África Central. 

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