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Carnaval: uso da camisinha protege contra infecção que causa infertilidade

Conhecida como clamídia, doença afeta principalmente as mulheres

Saúde|Da Agência Brasil

Uso da camisinha é fundamental para prevenir doenças e gravidez indesejada
Uso da camisinha é fundamental para prevenir doenças e gravidez indesejada Uso da camisinha é fundamental para prevenir doenças e gravidez indesejada

No período do Carnaval, as pessoas não devem prescindir do uso da camisinha para se proteger de doenças como a clamídia. Desconhecida do grande público, a doença sexualmente transmissível é considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) a principal causa evitável da infertilidade de homens e mulheres em todo o mundo. Segundo o presidente regional da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica do Rio de Janeiro, Dr. Hélio Magarinos Torres Filho, a doença afeta principalmente as mulheres.

De acordo com a OMS, ocorrem 92 milhões de novos casos da infecção a cada ano. A preocupação, acentuou, é que essa doença acomete mais a população jovem. No Brasil, cerca de 10% das jovens na faixa de 15 anos a 24 anos, atendidas pelo SUS (Sistema Único de Saúde), são identificadas com a doença, de acordo com estudo elaborado em 2011 pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.

Saiba de quais doenças você pode se livrar se usar camisinha

— Como é uma doença sexualmente transmissível, [a clamídia] ataca mais as pessoas que têm múltiplos parceiros. Por isso, acomete pessoas mais jovens.

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Beijo na boca pode transmitir doenças

Especialista em reprodução humana pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e membro da Rede Latino-Americana de Reprodução Assistida (Redlara), Dr. Márcio Coslovsky explicou que a clamídia é um micro-organismo, transmissor de uma bactéria que acomete casais em plena atividade sexual. É uma infecção sem aparência nas meninas.

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— Não aparece no preventivo, no exame de sangue comum. Não dá ardência, não dá mau cheiro nem dá secreção vaginal exagerada. A pessoa simplesmente não sabe que tem [a doença].

O Dr. Magarinos confirmou que a infecção é pior na mulher porque vem, em geral, sem sintomas.

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— Na mulher, preocupa um pouco mais por causa disso.

Ele advertiu, contudo, que a clamídia só vai causar infertilidade depois de um tempo de infecção.

— Ela começa a sair do útero e vai para as trompas [onde pode causar danos por obstrução ou aderência]. Isso é que pode causar infertilidade na mulher.

A clamídia é causada pela bactéria Chlamydia trachomatis.

Segundo a OMS, a doença responde por 25% das causas de infertilidade, sendo 15% nas mulheres e 10% nos homens. O Dr. Coslovsky explica que a doença só é descoberta “anos depois, quando [o casal vai] tentar a gravidez e não consegue”. O tratamento é feito com antibióticos e pode reverter a infertilidade se o diagnóstico é feito em tempo hábil.

Magarinos informou que há dois tipos de exames para detectar a clamídia: a pesquisa de anticorpos no sangue, e o de secreções genitais, que é feito por biologia molecular na uretra, no homem, e no colo uterino, na mulher. O exame de secreções captura fragmentos do DNA da clamídia nas amostras.

De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, cerca de 2,8 milhões de americanos estão infectados com clamídia e não sabem. O Dr.Coslovsky estimou que no Brasil o número pode ser a metade disso, tomando por base a população de jovens na faixa dos 17 aos 26 anos, com vida sexual ativa. Não há números catalogados, entretanto, frisou.

Ele recomendou que o exame para detecção de clamídia deve ser feito duas vezes por ano, especialmente por mulheres e homens jovens, com vida sexual ativa.

— Já faria muita diferença.

A precaução, insistiu, continua sendo o uso de camisinha, ainda mais nessa época do Carnaval.

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