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Casais que envelhecem juntos trocam implicância por afeto

Segundo pesquisa, comportamentos positivos aumentam e os negativos, diminuem, independentemente da satisfação do casal com o relacionamento

Saúde|Deborah Giannini, do R7

Casais há mais de 15 anos juntos tendem a trocar críticas por compreensão
Casais há mais de 15 anos juntos tendem a trocar críticas por compreensão Casais há mais de 15 anos juntos tendem a trocar críticas por compreensão

O humor substitui as brigas de um casal ao longo do tempo. Ao menos é o que demostrou um estudo da Universidade da Califórnia de Berkeley, nos Estados Unidos.

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Segundo a pesquisa, as discrepâncias que podem marcar os primeiros anos de um relacionamento e as implicâncias dos anos intermediários dão lugar ao afeto e à aceitação em casamentos de longa duração.

Para chegar à essa conclusão, os pesquisadores analisaram conversas de 87 casais, gravadas em vídeo, com idades entre 40 e 50 anos, casados há cerca de 15 anos, e acima de 60 anos, casados há 35 anos.

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Eles acompanharam suas interações emocionais ao longo de 13 anos.

Os comportamentos eram classificados de acordo com expressões faciais, linguagem corporal, conteúdo verbal e tom de voz. Já as emoções foram codificadas como raiva, desprezo, repulsa, comportamento dominador ou defensivo, medo, tensão, tristeza, lamentação, interesse, afeição, humor, entusiasmo e aprovação.

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Tanto os casais entre 40 e 50 anos quanto os acima de 60 anos, independentemente da sua satisfação com o relacionamento, apresentaram aumento dos comportamentos emocionais positivos com o tempo e diminuição dos comportamentos emocionais negativos.

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À medida em que os casais envelheciam, a implicância era substituída pela ternura e, comportamentos negativos, como agir na defensiva e o excesso de críticas, se transformavam em compreensão.

Segundo os pesquisadores, esses resultados desafiam as teorias de que as emoções se deterioram na velhice e que o casamento se desgasta com o tempo.

“Nossas descobertas lançam luz sobre um dos grandes paradoxos do final da vida”, afirmou autor do estudo, Robert Levenson, professor de psicologia da Universidade de Berkeley, na pesquisa.

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“Apesar de experimentar a perda de amigos e familiares, os idosos em casamentos estáveis são relativamente felizes e experimentam baixas taxas de depressão e ansiedade. O casamento tem sido bom para a saúde mental”, completou.

A pesquisadora Alice Verstaen, que participou do estudo, ressaltou a relação das emoções positivas com a saúde. “Essas descobertas destacam a importância dos relacionamentos íntimos à medida em que as pessoas envelhecem e os potenciais benefícios à saúde associados ao casamento”, afirmou.

A equipe realiza estudos sobre casamentos há mais de 25 anos na Universidade da Califórnia de Berkeley.

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