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Casos de dengue em 2024 ultrapassam 6,4 milhões, com quase 6 mil mortes

O coeficiente de incidência da dengue em 2024 foi de 3.193,5 casos por 100 mil habitantes até 28 de dezembro

Saúde|Victoria Lacerda, do R7, em Brasília

Casos de dengue em 2024 ultrapassam 6,4 milhões, com quase 6 mil mortes
Casos de dengue em 2024 Paulo Pinto/Agência Brasil - Arquivo

O Brasil registrou em 2024 um total de 6.484.890 casos prováveis de dengue e 5.972 mortes causadas pela doença, segundo o Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde. Esses números representam um aumento de 293% nos casos prováveis e 406% nas mortes em comparação com 2023, quando foram contabilizados 1.649.146 casos e 1.179 óbitos. Além disso, 908 mortes seguem em investigação.

O coeficiente de incidência da dengue em 2024 foi de 3.193,5 casos por 100 mil habitantes até 28 de dezembro.

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Mais da metade dos casos prováveis de dengue em 2024 (55%) ocorreu entre mulheres. No recorte por raça/cor, 42% dos infectados eram brancos, seguidos por 34,4% pardos, 5,1% pretos, 0,9% amarelos e 0,2% indígenas. Em 17,3% dos casos, não houve registro dessa informação.

A faixa etária mais afetada foi de 20 a 29 anos, seguida pelas faixas de 30 a 39 anos e 40 a 49 anos.


Estados mais afetados

São Paulo liderou o número de casos prováveis, com 2.182.875 registros, seguido por Minas Gerais (1.695.024) e Paraná (656.286).

Quanto ao coeficiente de incidência, o Distrito Federal apresentou a maior taxa, com 9.907,5 casos por 100 mil habitantes, seguido por Minas Gerais (8.252,8) e Paraná (5.735,2).


O Distrito Federal registrou um aumento de 584% nos casos prováveis de dengue, saltando de 40.784 em 2023 para 279.102 em 2024. As mortes também cresceram de 14 para 440 no mesmo período. Cinco óbitos ainda estão sob investigação.

O que fazer em caso de suspeita de dengue

Diante do cenário preocupante, é essencial reconhecer os sintomas da dengue e agir rapidamente:


  • Sintomas iniciais:
    • Febre alta (acima de 39°C)
    • Calafrios
    • Dor de cabeça
    • Dores no corpo e articulações
    • Dor atrás dos olhos
    • Fraqueza extrema
    • Manchas vermelhas na pele (em cerca de 50% dos casos)
  • Sinais de alarme:
    • Vômito ou urina com sangue
    • Fezes escuras
    • Dor abdominal persistente
    • Sangramento na gengiva

Diagnóstico e Tratamento

O diagnóstico é feito por exames de sangue, que identificam o vírus ou os antígenos produzidos pelo corpo. Embora não exista um medicamento específico para a dengue, o tratamento busca aliviar os sintomas com paracetamol ou dipirona.

Medicamentos como AAS e anti-inflamatórios devem ser evitados devido ao risco de sangramentos. Repouso e hidratação são fundamentais.

Grupos de Risco

Pessoas mais vulneráveis a desenvolver formas graves da doença incluem:

  • Grávidas
  • Idosos
  • Crianças
  • Indivíduos com comorbidades como diabetes e hipertensão
  • Aqueles com histórico de infecção por outro sorotipo do vírus da dengue

Com números alarmantes, a dengue segue como um desafio crítico para a saúde pública, reforçando a necessidade de vigilância, prevenção e rápida assistência médica.

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