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Chile: Número de mortes oficiais é colocado em dúvida

Uma investigação jornalística revelou que as vítimas no Chile poderiam ser bem maiores do que o governo informa ao país

Saúde|Da EFE, com R7

Investigação revelou que os dados que o governo divulga são diferentes dos que fornece à OMS
Investigação revelou que os dados que o governo divulga são diferentes dos que fornece à OMS

De acordo com os dados oficiais do Chile sobre o novo coronavírus, o país acumula 67.355 infectados e 3.101 mortos. Mas, uma investigação jornalística revelou que as vítimas no país poderiam estar em 5 mil.

Devido a dúvida gerada sobre os dados do governo, o presidente, Sebastián Piñera, demitiu no sábado (13) o ministro da Saúde, Jaime Mañalich. 

Leia mais: Presidente do Chile demite ministro da Saúde durante pandemia

"Todos sabemos que a melhor maneira de enfrentar (a pandemia) é com unidade, colaboração, boa vontade, diálogos e acordos", afirmou o presidente, amigo íntimo de Mañalich.


Para o cargo, Piñera nomeou Enrique Paris, ex-presidente da Faculdade de Medicina do Chile e uma figura reconhecida no país.

"Tenho a certeza de que o novo Ministro da Saúde vai liderar esses caminhos de unidade e diálogo, mas também sabemos com certeza que a melhor maneira de enfrentar com sucesso essa pandemia é todos nós contribuirmos com verdadeiro compromisso, com verdadeira responsabilidade", afirmou o presidente.


Investigação independente

A demissão de Mañalich ocorreu horas depois da um site independente de investigação "Ciper" ter revelado que os dados que o governo divulga diariamente aos cidadãos são diferentes daqueles que fornece à OMS (Organização Mundial da Saúde), para a qual teria comunicado cerca de 5 mil mortes.

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O governo mudou a metodologia de contagem em pelo menos três ocasiões desde o início da crise da saúde e atualmente se baseia em um cruzamento entre as informações do Registro Civil e os resultados positivos dos testes de PCR.

A subsecretária de Saúde, Paula Daza, explicou hoje (14) que a diferença entre os números entregues diariamente aos jornalistas e os relatados à OMS ocorre, pois o órgão é responsável não apenas pelas mortes com um teste de PCR positivo, mas também pelas classificadas como suspeitas ou atribuível à covid-19.

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