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Cientista brasileiro que está entre os 10 maiores do mundo explica método revolucionário de combate à dengue

Luciano Moreira entrou para a lista de 10 pessoas que moldaram a ciência em 2025, segundo a revista ‘Nature’

Saúde|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Luciano Moreira, pesquisador da Fiocruz, é reconhecido entre as 10 maiores personalidades científicas de 2025 pela revista Nature.
  • Ele lidera um estudo focado em eliminar doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, como dengue e zika, há 17 anos.
  • Moreira desenvolveu um método que introduz a bactéria Wolbachia nos mosquitos, bloqueando a transmissão de diversos vírus.
  • O sistema de controle biológico envolve liberar mosquitos infectados na população, promovendo uma redução significativa nas incidências de doenças.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

O pesquisador da Fiocruz, Luciano Moreira, foi reconhecido como uma das 10 pessoas que moldaram a ciência em 2025. A informação foi revelada em uma lista publicada pela revista Nature, considerada a mais influente do mundo na área cientifica.

Ao longo de 17 anos, Luciano tem liderado no Brasil um estudo focado em eliminar as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como dengue, zika vírus e chikungunya. Por meio de suas pesquisas, descobriu como criar uma versão “turbinada” do inseto com uma bactéria — semelhante com a localizada na banana.


O pesquisador explicou que há 17 anos ele foi para a Austrália visitar o laboratório do professor Scott O’Neill, que estudava na época a bactéria Wolbachia. Segundo Luciano, durante aquele período foi descoberto que se um mosquito Aedes aegypti contrai a bactéria wolbachia, ele automaticamente bloqueia diversos vírus, inclusive o da dengue.

“Quando o mosquito Aedes aegypti tem a bactéria, a Wolbachia, ele vem então a bloquear o vírus da dengue. Mais tarde, com outros experimentos, gente viu que a Wolbachia é capaz de bloquear outros vírus”, esclarece.


“Hoje fazemos um trabalho de engajamento comunitário. Depois de que a população autoriza, fazemos a liberação dos mosquitos por 4 a 6 meses; esses mosquitos vão se procriando com a bactéria que vai passando, através dos ovos das fêmeas, para todas as gerações subsequentes [...] É um programa natural e seguro porque a bactéria ja está ali na natureza e não infecta os seres humanos”, completa o especialista.

Luciano ressalta ainda que com esse método é feito um controle biológico, semelhante a uma vacina, ao mosquito, tendo assim, uma redução considerável nas incidências das doenças que teoricamente seriam transmitidas pelo Aedes aegypti.

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