Com falta de máscaras N95 e PFF2 para compra, qual a melhor opção?
Máscaras caseiras de tecido são indicadas desde que tenham três camadas de proteção; máscaras N95 e PFF2 podem ser reutilizadas
Saúde|Do R7
Por ofereceram uma filtragem de cerca de 95%, as máscaras N95 e PFF2 voltaram a receber atenção depois do surgimento das novas variantes do coronavírus que apresentam taxa de transmissibilidade maior. Segundo a infectologista Claudia Maruyama, essas máscaras podem ser reutilizadas por 7 a 10 dias, desde que não tenham avarias ou sujeiras aparentes.
“A PFF2 e a N95 não são laváveis, mas toda vez que forem utilizadas é necessário deixá-las respirando para secar e serem reutilizadas. Podem ficar penduradas no varal desde que seja em um ambiente limpo. Caso a pessoa tenha pegado na máscara com a mão suja, é necessário descartá-la e pegar uma nova”, explica Claudia. Ela também recomenda que a máscara seja guardada em embalgens de papel, para facilitar a sua respiração.
Vale destacar que as máscaras profissionais são equipamentos de proteção usados por profissionais de saúde e que o uso delas fora do ambiente hospitalar é recomendado para imunodeprimidos ou em locais fechados com grande concentração de pessoas.
Apesar de oferecerem uma proteção maior - as máscaras caseiras de tecido dispõem de cerca de 70% de proteção -, máscaras como a N95 e a PFF2 são mais rígidas e precisam ser bem ajustadas à face para que ofereçam a proteção desejada. “Não adianta usar e deixá-la frouxa, ficar toda hora mexendo na parte da frente e correr o risco de se contaminar”, avalia a médica.
Na falta das máscaras profissionais, a infectologista recomenda o uso de máscaras cirúrgicas ou caseiras que tenham pelo menos três camadas de proteção. “Precisa ser uma máscara que não esteja esgarçada e que seja bem ajustada ao rosto. Pode usar uma cirúrgica e uma de pano, mas mesmo se estiver usando duas máscaras elas precisam estar bem vedadas”, afirma.
Para saber se uma máscara de pano ainda está adequada para uso ou possui camadas de proteção suficientes, a infectologista orienta fazer o teste do sopro. “Vista a máscara e assopre a chama de um fósforo ou isqueiro. Se o ar passar, é porque ela não protege mais”, afirma
Recentemente, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determinou que máscaras de pano devem ter mais de uma camada de proteção para que uma pessoa possa entrar em aeroportos e aviões. As novas regras também proíbem qualquer tipo de máscara de acrílico, plástico transparente ou que tenha válvula de expiração nesses locais. A infectologista esclarece que as válvulas, até mesmo em máscaras profissionais, permitem que o ar seja expelido, facilitando a disseminação do vírus.