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Como contato entre as pessoas moldou pandemia na China

Resultados indicaram queda nos índices de reprodução do vírus entre o início da pesquisa, com maior contato entre pessoas, e seu final

Saúde|Do R7

Redução no contato entre as pessoas influenciou na queda do indíce de reprodução
Redução no contato entre as pessoas influenciou na queda do indíce de reprodução

Um estudo realizado por pesquisadores da China, publicado na revista Science, avaliou as mudanças no padrões de contato humano relacionados ao distanciamento social durante o surto do novo coronaírus, com dados obtidos em pesquisas realizadas em Wuhan e Xangai.

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Os resultados indicaram queda nos índices de reprodução do vírus entre o início da pesquisa, com maior contato entre as pessoas, e seu final, com mais medidas aplicadas de isolamento.

Entre 1º e 10 de fevereiro, quando as transmissões atingiram seu pico e medidas restritivas foram aplicadas, foram 1.245 contatos relatados por 636 participantes em Wuhan e 1.296 contatos relatados por 557 participantes em Xangai.

No início da pesquisa, a média de contatos diários (conversas com proximidade e contatos físicos diretos como apertos de mão, entre outros) foi de 14,6 no início da pesquisa para 2, no final, no período do surto. A redução foi significativa em todos os perfis de sexo, idade e profissões. Diminuição ainda maior ocorreu em Xangai, que foi de 18,8 contatos diários para 2,3.


O maior número de contatos médios registrados foi, no início da pesquisa, entre crianças em idade escolar, muito reduzido ao fim da pesquisa, quando as políticas de distanciamento social foram mais restritivas.

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De modo geral, os contatos durante o surto ocorreram sobretudo em casa, com membros da família (94% em Wuhan; 78,5% em Xangai). Os resultados se encaixam com os dados de mobilidade dentro das cidades, que, entre os inícios de janeiro e fevereiro, tiveram queda de cerca de 87% em Wuhan e 74,5% em Xangai. Por conta dos trabalhos essenciais, que não pararam, os contatos contabilizados no local de trabalho reportados na pesquisa não zeraram.

Utilizando dados do CDC (Centro de Controle de Doenças, em inglês) local, os pesquisadores avaliaram as correlações dessa redução nos contatos e o surto da pandemia, e chegaram à conclusão que o índice de reprodução do vírus teve queda drástica do início da pesquisa, quando os contatos médios diários eram consideravelmente maiores, ao final, com as medidas mais restritivas já aplicadas.

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