Conselho de Medicina estimula médicos a combaterem fake news
Órgão regional de SP orienta profissionais a rebaterem informações falsas propagadas nas redes sociais com a publicação de posts com dados corretos
Saúde|Giovanna Borielo, do R7*

O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) está estimulando os médicos de São Paulo a ajudarem no combate às fake news relacionadas a temas da saúde.
De acordo com o órgão, a iniciativa começou devido à rapidez e intensidade da difusão de informações sobre saúde por meio das redes sociais que, muitas vezes, foram informações falsas.
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O principal alvo desses médicos é o combate às falsas informações propagadas sobre os efeitos ou os falsos perigos das vacinas, assim como as infecções por zika, chikungunya e a relação com a microcefalia, ou tratamentos milagrosos para o câncer, por exemplo.
O psiquiatra Edoardo Vattimo, coordenador do Departamento de Comunicação da Cremesp, afirma que o órgão orienta os médicos do Estado para se informarem sobre os boatos e estarem sempre bem informados sobre os temas que eles podem se deparar no dia-a-dia, estando dispostos a rebateram as falsas informações.
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O combate a tais informações não se limita às redes sociais, podendo também ser levado ao próprio consultório, ajudando o paciente a se informar. "O médico, ao se deparar com uma fake news não precisa mais ficar calado, ele deve argumentar contra e explicar. Quanto mais demora a resposta àquela informação, se torna mais difícil de combatê-la", afirma Vattimo.
O coordenador afirma que a proposta é combater as falsas informações de maneira dinâmica, promovendo o debate em qualquer rede social e em grupos de trocas de mensagens. Os médicos podem, também, escrever textos informativos em seus sites e páginas sociais, desde que sigam as normas do órgão, informando o número de seu CRM.
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Vattimo recomenda que os médicos estejam sempre atentos às informações propagadas e se mobilizem para instruir corretamente a população. "O melhor combate à desinformação é a informação", finaliza.
*Estagiária do R7 sob supervisão de Deborah Giannini
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Quando alguém vai ao médico é porque precisa tratar problemas sérios de saúde. No entanto, uma avaliação recente do próprio Conselho Regional de Medicina mostrou dados preocupantes sobre os médicos de São Paulo
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