Coronavírus: como manter o equilíbrio dentro dos hospitais?
Profissionais da saúde são os primeiros e também os mais atingidos pelo estresse, ansiedade e até depressão diante da pandemia de Covid-19
Saúde|Karla Dunder, do R7
Os profissionais da saúde estão na linha de frente no atendimento de pessoas com a Covid-19, doença causada pelo coronavírus. São eles que estão expostos mais aos riscos de contaminação, mas também ao estresse, a ansiedade e até depressão.
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"Esses profissionais devem ficar atentos aos cuidados de higiene, lavar bem as mãos, álcool gel e usar roupas especiais e equipamentos especiais para evitar o contágio", observa a psicóloga Priscila Gasparini. "Mas a saúde mental não pode ser negligenciada."
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Para a psicopedagoga Patrícia Marques, "as pessoas que estão trabalhando nos hospitais estão frente a frente com a doença, nós estamos vivenciando todos os dias uma novidade, todos os dias os números aumentam e isso gera estresse".
As especialistas orientam que para lidar com o ritmo acelerado e tenso dos hospitais é preciso manter a rotina de trabalho sem exageros, dormir 8 horas, ter uma alimentação equilibrada e hidratação em dia para que o corpo reage bem ao estresse do momento.
Atividades físicas, ao menos meia hora por dia, liberam endorfina, o hormônio que atua no sistema nervoso central e diminiu a ansiedade.
Ao chegar em casa é preciso desligar das tensões do dia a dia, procurar ter atividades prazerosas em família como ver um filme ou uma série, ouvir música ou mesmo jogar no computador. "Os amigos são importantes nesse tempo de quarentena, mesmo que não esteja presente, é preciso manter o contato, conversar", explica Patrícia.
No hospital, Prisicila orienta que os profissionais façam uma pausa a cada 45 minutos para respirar profundamente e diminuir a quantidade de adrenalina na corrente sanguínea. "Esse relaxamento auxilia na poder de concentração e foco dos profissionais."
Em caso de angústia, depressão é preciso procurar ajuda profissional. "Os psicólogos estão atendendo via redes sociais, é importante conversar sobre o que está sentindo e não permitir que a situação emocional se agrave", conclui Patrícia.