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Covid-19: Hospital de Israel anuncia remédio 95% eficaz. Entenda

Pacientes foram tratados com imunoterapia; médico explica que não se trata da cura da covid, mas de adjuvante nas formas graves

Saúde|Do R7

Entre 30 pacientes da UTI, 29 tiveram alta até cinco dias depois do tratamento
Entre 30 pacientes da UTI, 29 tiveram alta até cinco dias depois do tratamento

Pesquisadores do Hospital Ichilov, em Tel Aviv, Israel, anunciaram que obtiveram resultados positivos em testes preliminares em um tratamento contra a covid-19, segundo publicado no jornal israelense Ynet News. De acordo com a publicação, o medicamento EXO-CD2 se demonstrou eficaz em 95% dos pacientes em estado grave. 

"Dos 30 pacientes que receberam o medicamento, 29 apresentaram uma melhora acentuada em dois dias e tiveram alta hospitalar três a cinco dias depois", diz o periódico. Após os resultados, os pesquisadores disseram que pretendem ampliar o estudo.

O professor Nadir Arber, do Centro Integrado de Prevenção do Câncer do hospital, afirmou ao jornal que o teste foi realizado em pacientes com covid-19 grave e moderada, com administração do remédio uma vez ao dia, durante cinco dias. De acordo com o pesquisador, trata-se de um medicamento barato e eficaz.

O jornal ressalta que se trata de um tratamento similar ao anunciado pelo Hadassah Medical Center, em Jerusalém, Israel, em outubro do ano passado. Neste estudo, 21 pacientes foram submetidos à terapia do medicamento Allocetra, de acordo com informações do Hadassah.


Entre eles, 19 se recuperaram em seis dias e tiveram alta hospitalar depois de oito dias, apresentando posteriormente teste negativo da doença. 

O tratamento realizado pelo Hospital Ichilov e pelo Hadassah Medical Center para a covid-19 é a imunoterapia, já utilizada para o câncer. Na imunoterapia, os medicamentos estimulam os mecanismos de regulação natural do sistema imunológico para evitar a chamada "tempestade de citocina", uma resposta exacerbada da defesa do organismo desencadeada pela covid-19. "Os remédios restauram o equilíbrio imunológico sem suprimir o sistema imune", esclarece o Hadassah Medical Center. 

O pediatra infectologista Renato Kfouri, primeiro-secretário da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações) explica que se trata de um teste preliminar da fase 1 - os estudos clínicos têm três fases. "É preciso cuidado. Parece que os resultados são muito animadores, mas nas fases seguintes, de eficácia, podem demonstrar que não funcionou. Poucos pacientes receberam a medicação, que é como se faz em estudo da fase 1 e, aparentemente, tiveram melhora", afirma. "É animador, mas não é a cura da covid-19. É simplesmente um adjuvante nas formas graves da doença", acrescenta. 

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