Covid-19 persistente afeta pelo menos 17 milhões de europeus

A Covid-19 persistente afetou 17 milhões de europeus nos primeiros dois anos da pandemia, e o número continua a aumentar, segundo os dados fornecidos nesta terça-feira (14) pela comissária europeia de Saúde, Stella Kyriakides, aos ministros dos países da União Europeia.

"Uma em cada oito pessoas apresenta sintomas que duram mais do que o esperado. As pessoas ficam com uma variedade de sintomas físicos e psicológicos, como fadiga, falta de ar ou depressão", disse Kyriakides durante um conselho de ministros europeus de Saúde realizado em Bruxelas.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a Covid persistente ocorre em pacientes que não se recuperaram totalmente pelo menos dois meses após a infecção, o que representa entre 10% e 20% dos pacientes afetados pelo coronavírus.

A Comissão Europeia está criando uma rede de especialistas nacionais para “enfrentar os desafios relacionados com a gestão da Covid a longo prazo”, acrescentou Kyriakides, que notou terem sido registrados muitos progressos na compreensão dessa doença, mas destacou ser necessário que os estudos continuem a ser aprofundados.

O bloco comunitário financiou seis pesquisas sobre o tema, tendo investido um total de 42 milhões de euros, reiterou a comissária.