Covid: estudo mostra que vacina de Oxford reduz em 67% transmissão
Estudo preliminar da universidade indica que imunizante não só previne a doença como é capaz de frear ritmo da pandemia
Saúde|Do R7
A vacina de Oxford, desenvolvida pelo laboratório sueco-britânico AstraZeneca, tem a capacidade de diminuir em 67% a transmissão do novo coronavírus entre seres humanos, de acordo com um estudo preliminar divulgado nesta quarta-feira (3).
A pesquisa foi feita por cientistas da própria Universidade de Oxford. Ainda não foi submetida à revisão por pares, mas é a primeira a comprovar que o imunizante contra a covid-19 é capaz de reduzir a transmissão do vírus.
Portanto, além de proteger contra os graves sintomas e demais consequências da doença, a aplicação da vacina de Oxford também evita que mais pessoas sejam contaminadas pelo vírus e, assim, colabora para frear o ritmo da pandemia pelo mundo. O anúncio reforça a necessidade da vacinação em massa, aponta o jornal The New York Times, que publicou o estudo nesta quarta (3).
A capacidade de transmissão, após a vacinação, foi avaliada por meio da coleta semanal de amostras retiradas do nariz e da garganta dos participantes por meio de swabs (haste semelhante a cotonete) a fim de detectar sinais do coronavírus.
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O mesmo levantamento, que ainda depende de revisão por pares, indicou, na última terça-feira (2), que o indivídio que recebe a primeira dose da vacina de Oxford contrai uma proteção média de 76% até receber a segunda aplicação, 90 dias depois.
Na terça-feira (2), a A Universidade de Oxford informou que a vacina tem eficácia de 76% com a primeira dose e 82,4% com as duas doses completas. O intervalo entre as doses foi de três meses.
Embora ainda precisem ser revisados por pesquisadores independentes, os resultados são animadores, pois sustentam um esquema de vacinação com a segunda dose em um intervalo mais longo do que outras vacinas, permitindo assim imunizar um número maior de pessoas em um primeiro momento.
A vacina Oxford deve ser uma das mais usadas pelo Brasil no programa de imunização contra a covid-19 e será produzida em território nacional pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos Bio-Manguinhos (Fiocruz). O Ministério da Saúde adotou o esquema de 3 meses.
Dois milhões de doses importadas do Instituto Serum, na Índica, já foram distribuídas aos estados e municípios a partir do dia 23 de janeiro. Outros carregamentos devem chegar ao país a partir de 15 de fevereiro.
A Pfizer também já divulgou que sua vacina é capaz de evitar a transmissão do novo coronavírus.