Crise do metanol evidencia problemas da saúde pública e de fiscalização, avalia professor
CIATox declarou que estoques do antídoto contra a substância estão baixos
Saúde|Do R7
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O CIATox (Centro de Informação e Assistência Toxicológica da Universidade Estadual de Campinas) informou que o Brasil não tem estoque suficiente de antídotos para tratar casos de intoxicação por metanol. Segundo a declaração do órgão, estão em falta tanto o fomepizol, quanto o etanol puro.
Antídoto mais eficaz contra a substância, o fomepizol não está incorporado ao SUS (Serviço Único de Saúde) — o que dificulta o tratamento em mais localidades. Durante entrevista coletiva nesta semana, o CIATox explicou que cobra, junto à Abracit (Associação Brasileira de Centros de Informação e Assistência Toxicológica), a revisão da política nacional de antídotos contra substâncias tóxicas, criada no final de 2023.
Gustavo Kloh, professor da FGV (Fundação Getulio Vargas) Direito do Rio de Janeiro, acredita que o momento evidencia a necessidade de maior atenção à saúde pública e de leis de proteção aos consumidores, com controle mais rigoroso da origem da bebida e responsabilizações administrativas rígidas.
Em entrevista ao Conexão Record News desta quinta (2), o professor lembra que medidas de punição mais severas, como a transformação de adulteração em crime hediondo pela Câmara, não têm surtido efeito.
“Toda vez que ocorre algo de comoção no país gera uma correria para transformar algo que já é crime em crime hediondo”, afirma Kloh ao explicar que há uma transformação na tipificação, mas sem controle firme, fazendo com que as pessoas continuem cometendo delitos, como beber e dirigir.
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