Dia do Beijo: veja a quais sintomas de doenças você deve estar atento antes e depois de beijar alguém
Ato envolve a troca de saliva, o que pode favorecer a transmissão de uma série de vírus, bactérias e fungos
Saúde|Giovanna Borielo, do R7
Nesta quinta-feira (13), é celebrado o Dia Internacional do Beijo. O ato é uma representação física de carinho entre duas pessoas mas, ainda assim, é preciso ter alguns cuidados. Afinal, o contato direto por saliva pode ser uma porta para infecções.
De acordo com o cirurgião-dentista Matheus Duarte, são classificadas como doenças do beijo todas aquelas que são contraídas pela saliva.
Assim, podem ser transmitidas infecções como a mononucleose; herpes do tipo 1; vírus gripais, como o do H1N1; Covid-19; rubéola; sarampo; meningite; caxumba; catapora; tuberculose; e candidíase oral, conhecida como sapinho de origem fúngica.
A médica Sara Mohrbacher, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, complementa a lista com doenças virais do trato digestivo causadoras de diarreia e vômitos, como o rotavírus; o vírus Coxsackie, causador da doença mão-pé-boca; citomegalovírus e até mesmo sífilis.
Dessas, Duarte considera que a meningite pode ser a mais perigosa, visto que a progressão da doença, caso o infectado esteja com imunidade baixa, pode levar, em seu estado mais grave, à morte.
Embora muitas condições sejam silenciosas, é importante estar atento a alguns sinais — sejam eles próprios ou da pessoa que será beijada.
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"É sempre bom observar se o outro beijoqueiro não apresenta nenhuma lesão de ferida ou bolhas próximo ou nos lábios, além de sinais de gripe ou resfriado", alerta o dentista.
Assim, se observado algum desses sinais ou sintomas de infecções, os especialistas recomendam não beijar.
Se após o beijo perceber algum sintoma, como febre, dor de garganta, tosse, dor de cabeça, sintomas gastrointestinais como diarreia e vômitos, ferimentos e bolhas ou verrugas na região da boca, os médicos recomendam a busca de auxílio profissional e, se tiver contato com a pessoa beijada, é válido avisar dos sintomas e diagnóstico recebido.
Eles alertam, ainda, que é importante que não seja feita a automedicação.
Por fim, Duarte recomenda que antes de beijar alguém, a pessoa mantenha a saúde bucal em dia, evitando um desequilíbrio da microbiota oral, e que evite beijar muitas bocas.
Sara finaliza afirmando que é importante que, além da atenção aos sinais, as pessoas estejam cientes dos riscos.
"Quanto mais contato íntimo com maior quantidade de pessoas, maior a chance de adquirir doenças."
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