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Entenda a síndrome do 'bebê platinado’ que encantou a web

Síndrome de Waardenburg é uma condição genética rara, mas corresponde a 3% das perdas auditivas; como Ryan, crianças podem ter um olho de cada cor

Saúde|Brenda Marques, do R7

Ryan nasceu com uma condição rara chamada síndrome de Waardenburg
Ryan nasceu com uma condição rara chamada síndrome de Waardenburg Ryan nasceu com uma condição rara chamada síndrome de Waardenburg

Ryan é um menino de três anos que surpreendeu quando veio ao mundo: nasceu com a pele branca e o cabelo platinado, mesmo sendo filho de pais negros. Por isso, ficou conhecido na internet como “bebê platinado”. Sua aparência é fruto da síndrome de Waardenburg, uma condição rara que atinge um a cada 40 mil nascidos vivos, segundo Patrícia Salmona, presidente do Departamento de Genética da Sociedade de Pediatria de São Paulo.

A médica afirma que a síndrome é uma herança genética que aparece em todas as gerações da família e atinge meninos e meninas em igual proporção. Metade dos filhos de quem tem essa condição podem herdá-la. Mas a médica esclarece que não é grave e os sinais clínicos não aparecem em todas as crianças que a possuem.

O sintoma mais comum é a perda auditiva. Entre 20% e 30% das pessoas que nascem com a síndrome de Waardenburg têm a deficiência – como é o caso de Ryan, que fez implante coclear.

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Apesar de rara, a condição é responsável por 3% das perdas auditivas em crianças, alerta Patrícia. Por isso, se o bebê for diagnosticado, é importante ter acompanhamento com um médico especializado. Também pode ocorrer deficiência visual. Ryan, que tem alteração na cor da pele, deve fazer consultas com um dermatologista e usar protetor solar.

Tipos de síndrome de Waardenburg

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A condição se manifesta de quatro maneiras diferentes. A mais comum é o tipo 1. Mas em qualquer um dos casos a criança apresenta certas características peculiares: pode ter um olho de cada cor ou a íris – parte colorida – azul brilhante e uma mecha de cabelo descolorida na parte da frente.

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De acordo com Patrícia, o caso de Ryan, que também tem a pele descolorida, é menos frequente, mas ela não soube especificar, a partir das imagens da criança, qual o tipo da síndrome. Entretanto, ela acrescenta que o tipo 3 pode causar microcefalia e deficiência intelectual, e Ryan não tem essas características.

Ainda segundo a médica, no tipo 4 o bebê apresenta ‘megacólon congênito’, uma condição que afeta a parte final do intestino leva ao acúmulo de fezes e é corrigida por meio de cirurgia.

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Condição é diferente do albinismo

A obstetra chegou a confundir Ryan com um albino, mas são condições distintas. Uma pessoa albina tem maior dificuldade para enxergar, mesmo usando óculos, e é mais vulnerável ao câncer de pele.

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