Entenda o que permite a realização do parto normal, como de Meghan
Meghan Markle deu a luz um menino nesta segunda-feira (6); ela está na Forgmore Cottage, casa da família, o que leva a crer que foi "parto domiciliar"
Saúde|Giovanna Borielo, do R7*
A realização de parto normal é sempre indicada, desde que não haja risco para o bebê e para a mãe, afirma o ginecologista Luiz Alberto Ferriani, vice-presidente da Sogesp (Associação de Obstetrícia e Ginecologia de São Paulo). Porém, em casos que a gestação entre nas 41ª semana ou em casos em que seja oferecido algum risco para o bebê, pode ser indicada a realização de uma cesárea.
Na manhã desta segunda-feira (6), a duquesa de Sussex, Meghan Markle, 37, deu à luz um menino, seu primeiro filho com o príncipe Harry. Anteriormente, o tablóide britânico The Sun havia afirmado que, caso a duquesa não tivesse progresso quanto ao parto em 24 horas, o nascimento do bebê poderia ser induzido, havendo a necessidade de cesárea.
O menino nasceu às 5h26 (1h26 no horário de Brasília), com 3, 3 kg, segundo divulgado no Instagram dos duques de Sussex. O texto informou que Meghan e o bebê estavam na Forgmore Cottage, casa da família, com Harry e a sogra, Doria RaGland. Acredita-se, portanto em "parto domiciliar", conforme eles planejavam. O Palácio de Buckingham ainda não se manifestou sobre o assunto.
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Segundo Ferriani, o Brasil é um dos países recordistas na realização de cesáreas no mundo, correspondendo a 90% dos partos - apenas 10% são partos normais. Já na Inglaterra, e em outros países, como o Japão, a realização de cesarianas corresponde a 15%, contra 85% dos partos naturais.
Ferriani afirma que o tempo máximo que uma gestação pode durar são 42 semanas, mas o bebê já estaria pronto para nascer a partir da 39ª semana. O ginecologista afirma que, a partir de 41 semanas de gestação, é necessário maior atenção, de maneira a evitar o sofrimento fetal.
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De acordo com o obstetra Mário Macoto, coordenador de obstetrícia da Maternidade Pro Matre Paulista, a idade de Meghan não interfere na realização de um parto normal. "Hoje, avalia-se mais as condições de a mãe realizar esse parto, como a musculatura e abertura da bacia. Porém, à medida que a idade da mulher avança, a realização do parto natural pode se tornar mais difícil para o próprio corpo", explica Macoto.
Ferriani afirma que a indução do parto ocorre a partir da 40ª semanas, quando a mulher não entra em trabalho de parto. Já a cesárea é recomendada em casos que a vida do bebê possa estar em risco, como a pré-eclâmpsia, sofrimento fetal, quando os batimentos cardíacos do bebê estão baixos, de acordo com o tamanho e peso do bebê e de sua posição. Macoto afirma que, ao ter a dilatação de 10 centímetros, o bebê deve descer do útero a mesma quantidade de espaço e, se o deslocamento não ocorre, pode ser necessária a realização do parto por cesárea.
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Ambos os especialistas afirmam que o cordão umbilical enrolado no pescoço do bebê não necessariamente indica a necessidade da realização de uma cesariana, mas a condição deve ser avaliada durante o trabalho de parto para que não haja sofrimento fetal.
*Estagiária do R7 sob supervisão de Deborah Giannini
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