Estudo japonês indica que Pfizer é eficaz também contra variantes
89% dos pesquisados apresentaram anticorpos tidos como eficazes contra variantes do Reino Unido, na África do Sul, no Brasil e Índia
Saúde|Da Agência Brasil, com R7
Estudo realizado no Japão indica que cerca de 90% de mais de uma centena de pessoas nas quais foram aplicadas duas doses de vacina Pfizer–BioNTech apresentaram anticorpos considerados eficazes também na imunização contra variantes do SARS-CoV-2.
Uma equipe de pesquisadores da Universidade Municipal de Yokohama examinou amostras de sangue de 105 profissionais de saúde no Japão que receberam duas doses do imunizante entre março e abril.
Constatou-se que 89% dos indivíduos apresentaram quantidade suficiente de anticorpos tidos como eficazes contra sete variantes do novo coronavírus propagadas no Reino Unido, na África do Sul, no Brasil e em outros países.
Epidemiologistas dizem que as vacinas disponíveis, atualmente, podem ter efeito menor sobre algumas variantes, se comparadas com a eficácia no combate à cepa original.
A equipe japonesa afirma que 94% dos indivíduos incluídos no estudo tiveram uma quantidade suficiente de anticorpos considerados eficazes contra a variante britânica; 90% contra a cepa da África do Sul; 94% contra a do Brasil; e 97% contra a da Índia. Acrescenta que 99% apresentaram em quantidade suficiente anticorpos tidos como eficazes contra a cepa original.
O professor Yamanaka Takeharu, um dos integrantes da equipe, interpreta os resultados como uma mostra de que, com o recebimento das duas doses, as pessoas possam obter anticorpos neutralizantes contra variantes conhecidas atualmente. Ele adverte, porém, que nem todos os vacinados apresentaram uma contagem suficiente de anticorpos neutralizantes.
Yamanaka informou, ainda, que a equipe incluirá no estudo um número maior de pessoas para a coleta de mais dados.
A campanha de vacinação no Japão começou no dia 16 de fevereiro e está sendo feita só com o imunizante da Pfizer. De acordo com as informações da agência de notícia Reuters, cerca de 2% da população receberam as duas doses.