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Estudo relaciona vacina tríplice viral a casos menos graves de covid

Autores sugerem que baixa taxa de infecções e complicações em crianças pode estar relacionada à imunização recente

Saúde|Do R7

Tríplice viral é aplicada em crianças a partir de quatro meses
Tríplice viral é aplicada em crianças a partir de quatro meses

Um estudo feito por cientistas nos Estados Unidos e publicado na sexta-feira (20) no jornal da Sociedade Americana de Microbiologia aponta uma relação entre a vacina tríplice viral e a uma menor gravidade de casos de covid-19.

A tríplice, normalmente aplicada em crianças, protege contra sarampo, caxumba e rubéola. O imunizante estudado foi o MMR II, fabricado pela norte-americana Merck.

"Encontramos uma correlação inversa estatisticamente significativa entre os níveis de titulação da caxumba e a gravidade da covid-19 em pessoas com menos de 42 anos que foram vacinadas com a MMR II", explica um dos autores do estudo, o pesquisador Jeffrey E. Gold.

Segundo ele, os achados do estudo se somam "a outras associações que demonstram que a vacina MMR pode ser protetora contra a covid-19".


"Também pode explicar por que as crianças têm uma taxa de casos de covid-19 muito menor do que os adultos, bem como uma taxa de mortalidade muito menor. A maioria das crianças recebe a primeira vacinação MMR por volta dos 12 a 15 meses de idade e uma segunda dos 4 aos 6 anos de idade."

Leia também: Covid-19: os pontos fracos e fortes das vacinas mais adiantadas


O coautor do artigo, o professor David J Hurley, da Universidade da Geórgia, comemorou os resultados, mas disse que ainda é necessária uma investigação mais aprofundada.

"A vacina MMR II é considerada uma vacina segura com muito poucos efeitos colaterais. Se tiver o benefício final de prevenir a infecção de covid-19, prevenir a disseminação de covid-19, reduzir a gravidade da, ou uma combinação de qualquer ou todos esses [fatores], é uma intervenção de taxa de risco de recompensa muito alta."


Outravacina já existente e que está sendo testada contra a covid-19, inclusive no Brasil, é a BCG, que previne a tuberculose.

Estudos anteriores sugerem que ela seria capaz de reduzir os danos causados pelo coronavírus nos pulmões.

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