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EUA aprovam o primeiro remédio oral para depressão pós-parto

Até então, o único tratamento medicamentoso disponível era uma injeção intravenosa, que só era encontrada em alguns centros médicos

Saúde|Do R7

Tratamento oral deve ser mantido por duas semanas
Tratamento oral deve ser mantido por duas semanas

A FDA (Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos) aprovou nesta sexta-feira (4), pela primeira vez, o uso de um medicamento oral para tratar a depressão pós-parto.

O remédio, que será comercializado com o nome de Zurzuvae, deve ser tomado uma vez por dia, durante 14 dias, explicou o órgão regulador em um comunicado.

A FDA lembrou que, até agora, "o tratamento da depressão pós-parto só estava disponível como uma injeção intravenosa administrada por um profissional de saúde em determinados centros".

Os efeitos colaterais mais comuns do Zurzuvae são tontura, diarreia, sonolência e fadiga, entre outros.


Além disso, o medicamento terá um aviso de que seu uso pode afetar a capacidade de dirigir e operar máquinas.

"Para reduzir o risco, pacientes não devem dirigir ou operar máquinas pesadas por pelo menos 12 horas após tomar o Zurzuvae", disse a FDA.


A eficácia do tratamento foi demonstrada em dois estudos randomizados. Nos testes, as mulheres que tomaram o medicamento observaram uma melhora significativa em seus sintomas, em comparação com aquelas que tomaram apenas o placebo.

Essa melhora, segundo o órgão regulador, foi mantida quatro semanas após o término do tratamento.


De acordo com dados de 2018 dos CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças), uma em cada oito mulheres que deram à luz recentemente nos EUA desenvolve sintomas de depressão pós-parto.

"A depressão pós-parto é uma doença séria e potencialmente fatal que leva as mulheres a sentir tristeza, culpa, inutilidade — até mesmo, em casos graves, a pensar em provocar dano a si mesmas ou a seus filhos", disse no comunicado Tiffany Farchione, diretora da divisão de Psiquiatria no centro para avaliação de fármacos da FDA.

"Ter acesso a um medicamento oral será uma opção benéfica para muitas dessas mulheres", concluiu. 

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