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Febre amarela: Ministério da Saúde anuncia que vai vacinar todo o país

Regiões Nordeste e Sul receberão a vacina de forma preventiva e, por essa razão, serão oferecidas doses plenas e não fracionadas, segundo governo

Saúde|Deborah Giannini, do R7

Previsão é vacinar 77,5 milhões de pessoas até 2019
Previsão é vacinar 77,5 milhões de pessoas até 2019

O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (20) que a vacinação contra a febre amarela será ampliada para todo o território nacional.

Estados das regiões Nordeste e Sul, que estão atualmente fora da área de recomendação da vacina, receberão doses plenas como medida preventiva.

A vacinação será realizada de forma gradativa. Na região Sul, deve começar em julho; na região Nordeste, em janeiro de 2019.

Segundo o ministro da Saúde Ricardo Barros, esses estados receberão doses plenas, diferentemente de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, porque, de acordo com protocolo da OMS, se trata de vacinação preventiva e não epidêmica.


Em São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia houve campanha de vacinação fracionada, na qual foi utilizada vacina com um quinto da dose da vacina plena.

Na Bahia, a campanha já encerrou, mas em São Paulo e no Rio de Janeiro, ela deve continuar até que toda a população esteja imunizada, de acordo com as respectivas secretarias de saúde.


Cerca de 11 milhões de pessoas devem ser vacinadas no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Já no Nordeste, a previsão é vacinar 23,5 milhões de pessoas nos estados do Piauí, Paraíba, Pernambuco, Ceará, Alagoas e Sergipe e Rio Grande do Norte. O Maranhão não entra na medida porque já é considerado área com recomendação de vacina.

País tem vacinas suficientes


O Ministério da Saúde informou que a previsão é que 77, 5 milhões de brasileiros sejam vacinados até abril de 2019. De acordo com o governo, estoque de vacina do país é sufiente para atender a essa expectativa.

O governo ressaltou a participação da empresa Libbs, a partir de agosto, na produção de vacinas contra a febre amarela, junto à Bio-Manguinhos/Fiocruz, que fornece o imunizante ao governo, além de ser a maior produtora de vacina contra a febre amarela do mundo.

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Segundo o Ministério, houve redução das mortes de macacos pela febre amarela e uma estabilização do número de casos em humanos. "Estamos em uma fase descrescente da doença", afirmou o ministério.

No último boletim do governo, divulgado na última quarta-feira (14), eram 920 casos de febre amarela e 300 mortes em decorrência da doença.No mesmo período do ano passado, foram registrados 610 casos e 196 mortes pela doença.

O governo explicou que a vacinação em todo o país será gradativa porque será necessário organização do ponto de vista da logística, distribuição de insumos e treinamento de pessoas.

O Ministério também chamou a atenção em relação ao desperdício de vacinas. "Quando abrimos um frasco, temos seis horas para utilizá-lo. Precisamos de um processo de redução do número de perdas de vacinas. Apesar de termos vacinas suficientes, para evitar um número de perdas, a ação tem que estar muito bem concatenada com os estados e as cidades", afirmou.

Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro lideram em número de casos

Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro são os Estados mais afetados pela febre amarela. Segundo o último boletim do ministério, Minas Gerais apresenta 415 casos e 130 mortes, São Paulo, 376 casos e 120 mortes, e Rio de Janeiro, 123 casos e 49 mortes.

Espírito Santo registrou cinco casos confirmados este ano e o Distrito Federal, um caso e uma morte. Os demais estados brasileiros não apresentaram casos nem mortes pela doença de julho de 2017 até o momento.

Minas Gerais já está inserido no calendário nacional de vacinação contra a febre amarela e, por essa razão, não integrou a campanha de vacinação fracionada. De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde de Minas Gerais, 90% da população já está vacinada.

Saiba quais são as alternativas para quem não pode tomar a vacina da febre amarela:

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