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Fomepizol: médico explica como o antídoto age contra o metanol

A Anvisa acionou agências internacionais para importar a substância, que não é produzida no Brasil

Saúde|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • O metanol em bebidas alcoólicas pode provocar sintomas graves e potencialmente fatais.
  • O tratamento atualmente é feito com etanol, mas o antídoto fomepizol é importado em pequenas quantidades.
  • A Anvisa busca fabricantes internacionais para garantir o fornecimento de fomepizol no Brasil.
  • Os pacientes devem buscar atendimento imediato ao apresentar sintomas após ingestão de álcool em locais suspeitos.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Anvisa abriu concorrência internacional para compra do fomepizol na quinta-feira (2) Reprodução/RECORD NEWS 03.10.2025

O consumo de bebidas alcoólicas contaminadas por metanol pode provocar sintomas graves e até fatais, segundo o médico-cirurgião do aparelho digestivo André Augusto Pinto. “Os principais sintomas leves são náuseas, vômitos, dor abdominal intensa, dor de cabeça, visão turva, sonolência. Esses sintomas podem piorar com o tempo”, explica. O especialista alerta que há um período de latência entre 12 e 24 horas após a ingestão, o que torna urgente o início do tratamento.

Em conversa com o Hora News de sexta-feira (3), o especialista explica que, atualmente, o tratamento dos sintomas é feito com etanol farmacêutico, mas a Agência Nacional de Vigilância Sanitária iniciou um processo para importar o fomepizol, antídoto mais eficaz contra a intoxicação por metanol. “O fomepizol não é produzido aqui no Brasil, ele é usado como antídoto para a ingestão do etanol, às vezes até o etanol cutâneo. E como existe baixo consumo, não é fabricado no Brasil, só importado”, afirma o médico.


O metanol, ao ser absorvido pelo organismo, é convertido em formaldeído, substância altamente tóxica que pode causar cegueira, convulsões e até óbito. O médico reforça que o tratamento deve começar logo nos primeiros sintomas, mesmo sem confirmação laboratorial da contaminação.

Nos casos mais graves, quando há falência renal ou acidose metabólica, é necessário realizar hemodiálise para remover o metanol da corrente sanguínea. “Se você não tiver o antídoto, você precisa fazer uma hemodiálise para retirar o metanol da sua circulação sanguínea”, disse o especialista.


A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) publicou na sexta-feira (3) um chamamento internacional para localizar fabricantes e distribuidores do medicamento fomepizol, utilizado como antídoto em casos de intoxicação por metanol.

O objetivo é garantir o fornecimento do produto para uso no país, já que ele não está disponível no mercado nacional. A agência busca empresas que possam atender à demanda do sistema público de saúde.


O fomepizol é considerado essencial no tratamento de envenenamentos por metanol, substância tóxica presente em solventes e bebidas adulteradas.

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