Guiné reforça alerta de emergência por ebola em cinco departamentos
Saúde|Do R7
Redação Internacional, 29 mar (EFE).- O presidente da Guiné , Alpha Condé, reforçou neste domingo o alerta de emergência de saúde por causa do ebola por mais 45 dias em cinco departamentos e na capital, Conacri. O presidente do país, que foi o epicentro da epidemia, lembrou aos cidadãos que desde que a emergência sanitária nacional foi declarada, em 13 de agosto de 2014, 1.880 guineanos dos 3.478 contaminados pelo vírus morreram. A epidemia de ebola foi descoberta há um ano na Guiné, de onde o vírus se propagou rapidamente para Libéria e Serra Leoa, provocando mais de 10 mil mortes nesses três países. Condé destacou que a situação melhorou, mas advertiu que o que "ainda falta fazer é mais difícil do que o que já fizemos". O presidente ainda afirmou ter constatado que a vigilância e as precauções indispensáveis contra o ebola diminuíram e estão sendo "cada vez menos seguidas". Esse tipo de negligência, acrescentou, tem acontecido "no coração" do sistema de saúde da Guiné, em referência a um quarto de hospital e várias clínicas privadas que estavam infectadas pelo vírus. E também destacou o problema da gestão dos mortos por ebola, principalmente na capital. O presidente guineano ressaltou que a "cartografia da epidemia" se deslocou para o litoral do país, rumo aos departamentos de Forécariah, Coyah, Kindia, Dubréka e Boffa, uma região densamente povoada, onde o vírus é ainda mais um "risco real" para a saúde do país. Por isso ele anunciou que decidiu reforçar a emergência sanitária nesses departamentos durante 45 dias, e também na capital, onde serão adotadas "medidas rigorosas". Quando for necessário haverá medidas de confinamento e contenção, e garantiu os esforços para prover alimentos e atendimento sanitário para os infectados. A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou esta semana que começou a aplicar uma vacina teste contra o ebola nos moradores de uma das áreas da Guiné mais afetadas pela epidemia, o que servirá para determinar a eficácia da droga. EFE mmg/cd