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Importação de sêmen tem recorde. Perfil é doador branco e olhos azuis

Segundo Anvisa, aumento foi de 97% e a maioria provém de banco norte-americano, onde 91% têm pele branca; São Paulo é o que mais importa 

Saúde|Deborah Giannini, do R7

Cerca de 45% dos doadores têm olhos azuis; 71% dos semens vêm dos EUA
Cerca de 45% dos doadores têm olhos azuis; 71% dos semens vêm dos EUA Cerca de 45% dos doadores têm olhos azuis; 71% dos semens vêm dos EUA

O Brasil apresentou recorde de importação de sêmen para uso em reprodução humana assistida no ano passado, segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

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A agência informa que foram emitidas 860 autorizações contra 436 em 2016, o que representa um aumento de 97% em apenas um ano.

O levantamento inclui, pela primeira vez, informações sobre a importação de células reprodutivas femininas. No ano passado, o país importou 321 oócitos, o precursor do óvulo.

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Segundo a Anvisa, isso corresponde a um aumento de 1.359% em relação aos anos de 2015 e 2016, período com registro de importação de 22 oócitos.

Maioria dos doadores tem pele branca

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O relatório revela que 91% dos doadores de sêmen têm pele branca, sendo 45% com olhos azuis e 67% com cabelo castanho.

Em relação aos oócitos, a ascendência predominante também é caucasiana (88%), com olhos e cabelos castanhos, 49% e 65%, respectivamente.

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A maioria das amostras de sêmen importadas pelo Brasil foi proveniente do banco norte-americano Fairfax Cryobank (71%) e a de oócitos, do Ovobank, na Espanha (86%).

Todos os oócitos importados no ano passado foram destinados à região Sudeste. Já quanto às amostras de semens, 72% foram encaminhadas à região Sudeste, 13% à Sul, 8% à Nordeste e 6% à Centro-Oeste. Na região Norte não há registro. 

A maior parte dos gametas masculinos foi para o Estado de São Paulo (479). Já os oócitos tiveram o Estado do Rio de Janeiro como principal destino (199 amostras).

Solteiras são as que mais buscam banco de sêmen

O levantamento mostra que as amostras de sêmen foram solicitadas, em sua maioria, por mulheres solteiras, seguidas pelos casais heterossexuais. Já os casais homoafetivos de mulheres correspondem a 22% das importações no ano passado.

Em relação à importação de óvulos, o relatório mostra que todas as amostras foram destinadas a casais heterossexuais.

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A Anvisa divulgou que as pessoas que solicitam importação de material biológico para reprodução humana escolhem o doador ou doadora de acordo com suas próprias característica fenotípicas e de seus familiares. A informação foi fornecida por representantes de bancos brasileiros de sêmen e de oócitos.

De acordo com o órgão, entre 2011 e 2017, foram importadas 1.950 amostras de sêmen e 357 oócitos.

Falta de opções no Brasil leva à importação

O relatório aponta que brasileiros buscam opções fora do país devido à disponibilidade e divulgação dos bancos internacionais. Outros fatores são a maior quantidade de doadores, amplo acesso às suas características físicas, intelectuais e psicológicas, e diversidade de testes genéticos.

A baixa quantidade de bancos de sêmen no Brasil, que resulta em dificuldade para encontrar amostras com as características pretendidas pelos casais, foi apontada também como um dos motivos da escolha pela importação.

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Em referência à importação de oócitos a razão é a escassez de banco de dados no país e aumento de mulheres acima dos 40 anos buscando tratamento para engravidar.

O levantamento afirma que há maior disponibilidade de informações sobre o doador de sêmen do que da doadora de óvulo. Em relação ao doador, são fornecidos dados sobre sua família, doenças preexistentes e acesso a fotos na infância.

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