Incor começa a usar respiradores da USP em pacientes com covid-19
Produção será de 10 aparelhos por dia e devem ser montados nas instalações da Marinha de São Paulo. Equipamentos foram desenvolvidos em 4 meses
Saúde|Do R7
O Incor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP) comecará a utilizar respiradores desenvolvidos por professores da Escola Politécnica da USP em pacientes com coronavírus a partir da quinta-feira (16). O anúncio foi feito nesta quarta-feira (15), durante coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes.
Os respiradores devem substituir os aparelhos importados. "Isso demonstra a capacidade dos professores e alunos que desenvolveram em quatro meses os respiradores", afirmou João Doria, governador do estado. "Ao longo do tempo, os respiradores ganharão escala. Nesse primeiro momento, serão utilizados 10 aparelhos."
Segundo os coordenadores da USP, a produção será de 10 respiradores por dia, neste primeiro momento. O projeto teve doações do setor privado no valor de R$ 7 milhões. Segundo o governo, a produção e montagem dos respiradores deve ocorrer nas instalações da Marinha em São Paulo.
"Os participantes desse projeto são pesquisadores que se dedicam a esses projetos há décadas. É uma vitória do estado de São Paulo", afirmou Vahan Agopyan, reitor da USP.
"Esse resultado parece tecnológico, entretanto, tem agregado conteúdo de 20 anos de pesquisa em área pulmonar das áreas da universidade de São Paulo. Elas foram desenvolvidas em conjunto com a faculdade de medicina", Raul Gonzalez Lima, professor da Poli (USP).
O professor da Poli afirmou que o preço está estimado entre R$ 5 e R$ 10 mil. O projeto é aberto, entretanto, a legislação impõe regras muito específicas. É um processo muito tutelados pelas leis, mas vamos abrir de forma gradual.
"Contamos com mais de 200 pesquisadores e fomos chamando especialistas conforme foram se mostrando necessários nas áreas de logística, produção, software, área de controle."