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Jovem de SP adia gravidez por medo de zika vírus: "Não tem como não ter medo"

Presidente da Febrasgo diz que a recomendação é realmente esperar para ter filho

Saúde|Dinalva Fernandes, do R7

A empresária adiou o sonho de ser mãe por tempo indeterminado
A empresária adiou o sonho de ser mãe por tempo indeterminado A empresária adiou o sonho de ser mãe por tempo indeterminado

O medo da microcefalia adiou um dos maiores sonhos de Stephanie Fuscini, de 30 anos, de São Caetano, ABC paulista. Há um ano, a empresária planejou engravidar, mas, devido ao surto de zika vírus, decidiu adiar a maternidade por tempo indeterminado.

— Eu sempre quis ser mãe. Sou casada há seis anos e isso sempre esteve nos meus planos.

Para ela, o mais assustador em tudo o que sabe sobre sobre a doença é não ter condições de cuidar do filho, caso nasça com alguma consequência.

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— Não tem como [não ter medo]. O que mais me assusta é a microcefalia. Em como será a vida, os recursos para a criança crescer, viver...Enfim, é muito triste.

Segundo a jovem, a vacina seria a única solução para o problema.

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— O governo tem que lançar a vacina o quanto antes. E, se for paga, eu pagaria para tomá-la.

Recomendação médica

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Como há pouco controle sobre o zika vírus no País, a recomendação para mulheres que querem ter filhos ainda é esperar para engravidar. De acordo com o ginecologista presidente da Febrasgo (Federaçao Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetricia), César Eduardo Fernandes, no entanto, algumas mulheres não querem ou não podem adiar a gestação por diversos motivos, principalmente a idade.

— Neste caso, o jeito é controlar o mosquito. Usar repelente, vestir roupas cumpridas e fazer exames sorológicos com frequência.

Mulheres que já tiveram a doença precisam esperar pelo menos 60 dias após o contágio. Já os homens, necessitam de mais tempo para engravidar suas parceiras de forma natural, pois a eliminação do vírus pelo sêmen demora até seis meses depois da infecção.

O vírus também pode ser encontrado no leite materno. Porém, a amamentação não é contraindicada, ressaltou o especialista.

— Pode amamentar porque o benefício é maior que o risco. Até o momento, não houve caso documentado de transmissão por meio do leite materno.

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