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Mãe fica com rosto paralisado após dar à luz: “Meu olho não piscava e minha bochecha não mexia"

Condição não tem causa conhecida em 75% dos casos, como no da blogueira Julia Doorman

Saúde|Dinalva Fernandes, do R7

Julia Doorman sofreu paralisia de Bell uma semana após o nascimento da filha
Julia Doorman sofreu paralisia de Bell uma semana após o nascimento da filha Julia Doorman sofreu paralisia de Bell uma semana após o nascimento da filha

Três dias após o parto de sua primeira filha, "sintomas estranhos" começaram a aparecer no rosto blogueira e maquiadora Julia Doorman, de 29 anos. Uma semana depois do nascimento da menina, metade do rosto da curitibana ficou completamente paralisado. Mas o que seria aquilo? Derrame cerebral? Consequência da anestesia pós-parto? Coágulo no cérebro? Muitas dúvidas ficaram na cabeça de Julia até o diagnóstico médico: paralisia de Bell.

— Eu comia, mas não sentia o sabor dos alimentos porque a minha língua estava amortecida. Pensei que era por causa da anestesia do parto e isso continuou por mais uns dias. Até que um dia eu acordei com o lado do rosto travado. Na hora, só pensei o pior.

Segundo o vice-coordenador do Departamento Científico de doenças do neurônio motor da Academia Brasileira de Neurologia, Marco Antonio Chieia, a paralisia de Bell é a reação à uma infecção do nervo facial e as causas são desconhecidas em 75% dos casos. Por nunca ter ouvido falar na paralisia de Bell, Julia afirma ter pensado que havia tido um AVC (acidente vascular cerebral).

— Eu pensei que tinha acontecido alguma coisa por causa da anestesia, que poderia ser um coágulo no meu cérebro, um AVC. O meu olho não piscava, a bochecha não se mexia, eu falava e a minha boca virava para o outro lado.

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De acordo com Julia, no ato do desespero, ela nem conseguia contar para o marido o que havia acontecido. Somente após se acalmar, os dois procuraram atendimento médico.

— Primeiro procurei um clínico-geral e fui encaminhada para um neurologista, que fez vários testes na hora, deu o diagnóstico da paralisia e me indicou o tratamento. O médico recomendou o uso do corticoide e fisioterapia facial, para não ocorrer atrofia nos músculos da face.

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Apesar do susto ao se olhar no espelho, a blogueira não sentiu outros sintomas adversos.

— Não senti nenhuma dor, mas não tinha muito controle durante a alimentação ou na hora de ingerir líquidos.

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Durante a recuperação, que durou quase dois meses, Julia precisou se adaptar e conheceu histórias de pessoas que tiveram o mesmo que ela. Segundo ela, uma tia chegou a ficar com sequelas, mas, até então, ela desconhecia que o problema havia sido causado pela paralisia.

— Depois que eu tive, descobri que várias outras pessoas tiveram. É horrível. Na hora de comer, eu precisava tapar o lado da boca com a mão para evitar que a comida caísse, o olho ficava aberto e a água escorria pelo lado da boca quando escovava os dentes. Não desejo isso para ninguém.

Após dois meses, Julia se recuperou completamente da paralisia de Bell
Após dois meses, Julia se recuperou completamente da paralisia de Bell Após dois meses, Julia se recuperou completamente da paralisia de Bell

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