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Mais de 500 cidades têm alto risco de dengue, zika e chikungunya

Entre as capitais estão Palmas, Boa Vista, Cuiabá e Rio Branco; houve queda de 50% no número de cidades em relação ao relatório anterior, de junho 

Saúde|Deborah Giannini, do R7

O Aedes aegypti é o mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya
O Aedes aegypti é o mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya O Aedes aegypti é o mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya

De acordo com o LirAa (Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti), divulgado pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (12), 504 municípios apresentam alto índice de infestação do Aedes aegypti, com risco de surtos de dengue, zika e chikungunya, doenças transmitidas pelo mosquito.

Isso representa 9% das cidades brasileiras. O Ministério ainda não divulgou a lista desses municípios. Houve uma queda no número de cidades em risco de surto em relação ao levantamento anterior, divulgado em junho - eram 1.153 municípios.

Entre as capitais, estão em risco de surto Palmas (TO), Boa Vista (RR) Cuiabá (MT) e Rio Branco (AC). Alguns municípios, como Natal e Porto Alegre, não integram o levantamento, pois utilizaram outra metodologia, segundo a pasta.

O LirAa é um estudo realizado a cada três meses pelo Ministério da Saúde em conjunto com os municípios. Ele traz o percentual do número de imóveis com foco do mosquito. Caso uma cidade apresente mais de 4% dos imóveis com criadouros do Aedes aegypti, é considerada em situação de risco de surto de dengue, zika e chikunguya.

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Caso o índice esteja entre 1% e 4%, a cidade está em alerta para surto. Já abaixo de 1%, é considerado satisfatório. O levantamento é feito por amostras recolhidas em domicílios. É avaliada a presença de criadouros, locais onde há larvas do Aedes aegypti. Segundo o LirAa, 1.881 municípios estão em alerta e 2.628 apresentaram índices satisfatórios.

Ao todo, 5.358 municípios, o que representa 96,2% da totalidade do país, realizaram algum tipo de monitoramento do mosquito, sendo 5.013 por levantamento de infestação (LIRAa/LIA) e 345 por armadilha, segundo o Ministério. O órgão informa que a armadilha como metodologia é utilizada quando a infestação do mosquito é muito baixa ou inexistente.

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As capitais em alerta são Manaus (AM), Belo Horizonte (MG), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), São Luís (MA), Belém (PA), Vitória (ES), Salvador (BA), Porto Velho (RO), Goiânia (GO) e Campo Grande (MS).

Já Curitiba (PR), Teresina (PI), João Pessoa (PB), Florianópolis (SC), São Paulo (SP), Macapá (AP), Maceió (AL), Fortaleza (CE) e Aracaju (SE) estão com índices satisfatórios.

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Focos do mosquito variam entre as regiões

O levantamento mostra que, no Nordeste, a maioria dos focos de mosquito estavam em toneis, barris e tina. Já na Sudeste, dentro das casas, em vasos ou frascos com água, pratos e garrafas retornáveis. Nas regiões Centro-Oeste, Norte e Sul predominaram criadouros em lixo, dentro de recipientes plásticos, garrafas PET, latas, sucatas e entulhos de construção.

Desde janeiro do ano passado, o levantamento de infestação de Aedes aegypti tornou-se obrigatório para os municípios. As informações são encaminhadas para Secretarias Estaduais de Saúde, que repassam ao Ministério da Saúde. A realização do levantamento está atrelada ao recebimento de recurso extra que deve ser utilizado, exclusivamente, para ações de combate ao mosquito.

País tem mais de 240 mil casos de dengue

O Brasil registrou mais de 240 mil casos de dengue até 3 de dezembro, de acordo com o Ministério da Saúde. Isso representa um aumento de quase 10 mil casos em relação ao mesmo período do ano passado.

A taxa de incidência, que considera a proporção de casos por habitantes, é de 115,9 casos por 100 mil habitantes. Em comparação ao número de mortes, houve queda de 19,3% em relação ao mesmo período do ano passado, de 176 para 142 este ano.

Já em reação à chikungunya, foram notificados mais de 84 mil casos, o que equivale a uma redução de 54% em relação ao mesmo período do ano passado.

A taxa de incidência é de 40,4 casos por 100 mil habitantes. Houve queda de 81,6% em relação ao número de mortes, passando de 191 para 35 este ano.

A zika afetou 8.024 pessoas, uma redução de 53% em relação ao ano passado. A taxa de incidência é de 3,8 casos por 100 mil habitantes. Neste ano, houve quatro mortes por zika.

O Ministério anunciou nesta quarta-feira (12) a entrega de mil caminhonetes para acoplar equipamentos de fumacê, utilizado para o combate do mosquito, às cidades com maior infestação de Aedes aegypti.

As diferenças entre febre amarela, dengue, gripe, zika e chikungunya: 

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