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Mal do Século 21, depressão se trata com muita informação e nenhum preconceito

Distúrbio mental tende a ser visto como 'preguiça' ou 'tristeza que passa', mas é um quadro clínico e físico, uma doença muitas vezes extremamente dolorosa 

Saúde|Marco Antonio Araujo, do R7

Epidemia: mais de 300 milhões de pessoas no mundo sofrem de depressão
Epidemia: mais de 300 milhões de pessoas no mundo sofrem de depressão Epidemia: mais de 300 milhões de pessoas no mundo sofrem de depressão

A depressão é uma doença silenciosa, ardilosa, quase invisível. Para muitos especialistas, estamos em plena pandemia daquilo que já é chamado de o Mal do Século 21. Há muitos números, relatos e pesquisas médicas que nos fazem levar esse alerta a sério.

A importante reportagem do R7 obriga a ir mais longe e, com extrema preocupação, aceitar o que para muitos pode parecer exagero ou injustificável: a depressão infantil avança. Sim, crianças, cada vez com maior frequência, desenvolvem esse quadro clínico grave e potencialmente doloroso.

Em setembro de 2021, segundo estudo da USP (Universidade de São Paulo), apenas no Brasil, 36% dos jovens apresentaram sintomas de depressão e ansiedade. Obviamente, o isolamento social e a suspensão de aulas presenciais agravaram esse cenário.

Mas, mesmo antes da Covid-19, a depressão já era o terceiro maior motivo para afastamento do trabalho e licença médica remunerada. Esse fenômeno é mundial. Estima-se que mais de 300 milhões de pessoas, de todas as idades, em todos os lugares, sofram dessa doença mental.

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E aí chegamos ao principal desafio para o enfrentamento de epidemia: tirar do debate o preconceito (muitas vezes mortal) que cerca os distúrbios psiquiátricos e psicológicos. Para quem desconhece os efeitos devastadores do quadro depressivo, é muito difícil aceitar que não seja “preguiça”, “falta de louça pra lavar” ou “tristeza que passa” o que na verdade é um distúrbio químico, físico, mental, reconhecido cientificamente há menos de cem anos — e cujas pesquisas, felizmente, avançam de forma acelerada.

Essa consciência só se conquista com muita informação e, sobretudo, respeito e afeto com as pessoas próximas que apresentam sinais preocupantes. Não se deve menosprezar a depressão. E é bom saber que existem remédios e profissionais preparados para dar amparo e tratamento àqueles que amamos. Inclusive às nossas crianças.

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