O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde , Arnaldo Correia de Medeiros, atribuiu o recente aumento de casos de covid-19 no país a um "relaxamento" das medidas recomendadas para evitar o contágio, incluindo o distanciamento social.
A fala dele, durante entrevista coletiva nesta quinta-feira (3), ocorre um dia após o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, declarar que "não se fala mais em afastamento social" no Brasil, durante audiência pública no Congresso.
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Antes de ser questionado sobre os números, Medeiros apresentou dados que mostram um aumento de 21% dos novos casos e de 6% dos óbitos por covid-19 entre 14 e 28 de novembro.
"Estamos analisando essa questão, mas a gente verifica que, talvez, nas últimas semanas houve um relaxamento, digamos assim, das recomendações que sempre fizemos aqui: higienização das mãos, o uso continuado da máscara, evitarmos aglomeração, um distanciamento mínimo entre as pessoas, a etiqueta respiratória, a higienização das superfícies", afirmou o secretário.
Pazuello, no entanto negou que houvesse aumento de contaminação nas últimas semanas.
"Se todo o processo eleitoral dos municípios, com todas as campanhas, aglomerações e eventos, se isso não causa nenhum tipo de aumento de contaminação no nosso país, então não se fala mais em afastamento social”, disse durante a audiência na quarta-feira (2).
Durante a fala, o secretário ponderou que é "fundamental" evitar aglomerações para controlar o avanço da pandemia.