Ministério da Saúde realiza Dia D de combate à dengue no próximo sábado
Mobilização nacional vai reforçar as ações de prevenção e eliminação dos focos de mosquito
Saúde|Giovanna Inoue, do R7, em Brasília
O Ministério da Saúde vai realizar um "Dia D" de combate à dengue no próximo sábado (2) em todo o Brasil. A ação, denominada "Brasil unido contra a dengue", vai ser uma mobilização nacional para reforçar as ações de prevenção e eliminação dos focos de mosquito. Além do ato, a pasta realiza visitas técnicas em apoio no Paraná, Minas Gerais, Goiás e no Distrito Federal, que são os estados mais afetados, para organizar os serviços de assistências. O foco da ação será a prevenção e o cuidado da doença e os detalhes serão definidos em reunião com o CONASS (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) nesta quarta-feira (28).
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirma que é "momento que requer união, não só de governos mas também da sociedade". Ela aponta que o objetivo do ato será para eliminar os focos do mosquito, que estão em sua maioria dentro das casas, e prestar esclarecimentos sobre a dengue.
O Brasil registrou 195 mortes causadas por dengue e outras 672 sob investigação. Dados do Ministério da Saúde apontam que o país acumula 973 mil casos da doença nas primeiras oito semanas do ano.
Em 2023, o coeficiente de incidência da dengue no país foi de 777,6 casos a cada 100 mil habitantes. Neste ano, o índice é de 479,3 casos, sendo que o pico da doença ainda não foi atingido, segundo as autoridades sanitárias. Distrito Federal, Minas Gerais, Espírito Santo e Paraná são as unidades da federação com maior incidência da doença.
Em relação aos infectados, mulheres estão entre as mais afetadas, representando 55,3% dos casos. A faixa etária mais acometida é a de 30 a 39 anos, seguida por 40 a 49 e 50 a 59.
Nos últimos 20 anos, 10.027 pessoas morreram por dengue no Brasil e mais de 16 milhões de casos prováveis da doença foram registrados, segundo o Ministério da Saúde. Entre 2004 e 2023 o número de mortes saltou de 19 para 1.094, um aumento de 5.657%. São Paulo (2.132 mortes), Goiás (1.186), Minas Gerais (1.179) e Rio de Janeiro (796) são os estados com mais registros.