Ministério revisa febre amarela e reduz número de casos e mortes
Com posse do novo ministro na segunda (2), Ministério da Saúde divulga números inferiores ao da semana passada de casos e mortes no país
Saúde|Deborah Giannini, do R7

O Ministério da Saúde divulgou nesta quarta-feira (4) que o Brasil tem 1.127 casos e 328 mortes pela febre amarela. Houve uma redução nos números de casos e mortes divulgados na semana passada, que eram 1.131 casos e 338 mortes pela doença.
Os dados correspondem a julho do ano passado até o momento. O Ministério afirma que essa redução se deve a uma “revisão constante” dos casos e mortes repassados pelas secretarias, no entanto é a primeira vez que isso acontece no período considerado.
“Vale destacar que, com relação ao último boletim divulgado, houve uma redução no número de casos e óbitos. Isso se deve à constante revisão e reclassificação dos casos que são, semanalmente, incorporados à base de dados. Assim, alguns casos foram reclassificados conforme justificativas e complementação dos dados pelas Secretarias Estaduais de Saúde”, informa o boletim do Ministério da Saúde.
A pasta passou por uma recente mudança, com a posse do ministro Gilberto Occhi, na segunda-feira (2), no lugar de Ricardo Barros, que deixou o cargo para concorrer à eleição deste ano como deputado federal.
Mesmo com a redução dos números apresentados, os casos e as mortes relacionados à febre amarela ainda são superiores aos registrados no ano passado no mesmo período, no país: 691 casos e 220 mortes.
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Ao todo, foram notificados, de julho do ano passado até o momento, 4.548 casos suspeitos, sendo 2.441 já descartados e 980 ainda em investigação.
Minas Gerais continua liderando em números da febre amarela, com 477 casos e 148 mortes. Em seguida, estão São Paulo, com 455 casos e 115 mortes, e Rio de Janeiro com 188 casos e 63 mortes.
Neste boletim, o Espírito Santo aparece com mais dois casos confirmados, sendo seis no total, e uma morte. Já o Distrito Federal se estabilizou com um caso e uma morte. Os demais estados brasileiros não apresentam casos da doença.
No boletim anterior, os dados divulgados foram Minas Gerais com 475 casos e 147 mortos, São Paulo com 464 e 127 e Rio de Janeiro, com 186 e 63.
Vacinação terá doses plenas fora de áreas de risco
A vacinação contra a febre amarela foi ampliada para todo o território nacional, conforme divulgado pelo Ministério da Saúde em 20 de março. Estados das regiões Nordeste e Sul, que estão atualmente fora da área de recomendação da vacina, receberão doses plenas como medida preventiva.
Leia mais: Ministério da Saúde anuncia que vai vacinar todo o país
A vacinação será realizada de forma gradativa. Na região Sul, deve começar em julho; na região Nordeste, em janeiro de 2019.
De acordo com o Ministério da Saúde, esses estados receberão doses plenas, diferentemente de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, porque, de acordo com protocolo da OMS, se trata de vacinação preventiva e não epidêmica.
A campanha de vacinação fracionada vai até dia 30 de maio.
Com a ampliação, devem ser vacinadas 77,5 milhões de pessoas em todo o país. O quantitativo corresponde à estimativa atual de pessoas não vacinadas nessas novas áreas, de acordo com o governo.
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A poliomielite também é chamada de paralisia infantil. É uma doença causada por um vírus que vive no intestino e pode afetar o sistema nervoso, levando à paralisia irreversível dos braços ou das pernas. O último caso registrado no Brasil aconteceu em 1990, mesmo assim, é importante vacinar as crianças para que o vírus não volte a circular no país.O calendário nacional de vacinação prevê que os bebês recebam cinco doses da vacina. As duas primeiras, aos 2 e aos 4 meses de idade, são aplicadas com uma injeção. As outras duas, aos 6 meses, 15 meses e 4 anos, são por via oral, as famosas gotinhas









