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Ministra da Saúde afirma que mudanças climáticas e diferentes sorotipos explicam a alta de dengue

Nísia Trindade diz que Brasil pode chegar ao dobro de casos de 2023, que registrou 1,6 milhão 

Saúde|Giovanna Inoue, do R7, em Brasília

Ministra afirma que Brasil vive 'situação atípica'
Ministra afirma que Brasil vive 'situação atípica' Reprodução / R7

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou nesta terça-feira (27) que as mudanças climáticas e a circulação de mais sorotipos da doença justificam a alta de casos da dengue no pais. Ela explica que o Brasil vive uma "situação atípica" por registrar muitos casos no começo do ano e em cidades que normalmente não sofrem com a doença.

Nísia afirma que diferentes sorotipos de dengue são perigosos pelo risco de causarem casos graves. Os quatro sorotipos existentes podem ser encontrados no Brasil mas em proporções diferentes. "Em muitos estados que nós tínhamos a prevalência do sorotipo 1, que está há mais tempo entre nós e que as pessoas já tem a proteção e imunidade, está mudando para uma grande incidência de sorotipo 1, como é o caso do DF", pontua.

Segundo a ministra, a dengue ter se espalhado para cidades médias e pequenas, o que distoa do padrão da doença, é um fator de atenção. "Isso coloca desafios enormes porque significa mais interiorização e dispersão da doença", conclui.

Nas 8 primeiras semanas do ano, o Brasil registrou 973 mil casos da doença e 195 morte confirmadas. A taxa de incidência é de 479,3 casos por 100 mil habitantes.


Nísia afirma que ainda não é possível confirmar se o pico de casos foi alcançado e que "nas próximas duas semanas vamos ter um cenário mais definido". "Pela nossa avaliação, é possível que nós cheguemos a ter o dobro de casos do ano passado", relata.

Em 2023, foram registrados 1.658.816 casos. O Brasil já chegou a 58% desse valor em dois meses.

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