Morcegos urbanos têm mais chances de armazenar e transmitir vários tipos de coronavírus

Mamíferos voadores são importantes reservatórios de vírus de inúmeras espécies e os principais hospedeiros da família viral

04/04/2023 - 13h01 (Atualizado em 15/02/2024 - 17h37)

Um estudo realizado pela LMU (Universidade Ludwig Maximilian de Munique), na Alemanha, constatou que morcegos que vivem em áreas mais exploradas pelo homem têm uma prevalência maior de vírus da família coronavírus, aumentando, também, sua possibilidade de transmissão. A descoberta foi publicada no periódico Science Advance.

O coronavírus causador da Covid-19 é apenas um tipo conhecido deles – também há outros que provocam resfriado comum ou até mesmo o Mers-CoV, da síndrome respiratória do Oriente Médio.

Para verificar a afirmação, os pesquisadores cruzaram dados estatísticos de infecções pela família viral de mais de 26 mil morcegos de mais de 300 espécies diferentes, com os dados de cobertura e uso de terras, por meio de meta-análise.

Os estudos mostraram que as espécies que viviam em ambientes com tais modificações estavam mais propensas à infecção pelos vírus do que aquelas que vivem em ambientes com menos intervenções.

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Isso se dá pelo estresse sofridos pelos animais, que teriam sua imunidade afetada, estando mais propensos às infecções.

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“A modificação da terra muitas vezes significa uma perda de recursos importantes para os animais selvagens. No caso dos morcegos, podem ser locais de forrageamento ou abrigos adequados para hibernação”, diz Vera Warmuth, autora principal do estudo.

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Entre os usos de terra que mais influenciam a saúde imunológica destes animais, destacam-se a agricultura, desmatamento e produção de energia, incluindo mineração, impactando os habitats, como florestas, cavernas e minas.

“Nossas descobertas mostram claramente que os animais em ecossistemas perturbados são infectados com mais frequência. Quanto mais fortemente uma área é influenciada por humanos, maior a probabilidade de os morcegos que vivem nessa área serem infectados por coronavírus”, completa.

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Os morcegos são conhecidos por serem importantes reservatórios de vírus e os principais hospedeiros animais dos coronavírus.

Conheça as doenças que podem ser transmitidas por morcego:

Quando ficou sabendo do ataque em Pearl Harbor, em 7 de dezembro de 1941, o dentista Lytle S. Adams estava em uma caverna analisando os morcegos, animais sobre o qual era especialista. E, com imagens de bombas lançadas de dezenas de aviões, ele pensou: por que não lançar milhares de bombas por meio de morcegos?

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vacina antirrábica humana nos próximos dias. Uma criança e um adolescente da
mesma família morreram nos últimos 15 dias vítimas da raiva humana. Outro
adolescente, irmão dos que faleceram, está internado em estado grave com o
mesmo diagnóstico. Os três podem ter sido contaminados pelo vírus da raiva após
serem mordidos por morcegos

Histoplasmose: a infecção, causada por fungos, acontece mediante à inalação de poeira após sedimentação das fezes de morcego, ricas
em nitrato, geralmente em cavernas. A histoplasmose também pode ser transmitida por aves, pois suas fezes também possuem grande quantidade de nitrato. A doença pode se agravar e se disseminar pelos pulmões, sistema linfático, responsável pela defesa do organismo, e sistema nervoso central, resultando em grande taxa de mortalidade. Os sintomas são febre, calafrios e dor de cabeça

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O pedido das autoridades é para que ninguém toque nos bichos que estão espalhados pelo chão, para que ninguém acabe infecionado. Muitos dos animais parecem mortos, mas podem estar agonizando. E assim podem morder e passar doenças

Morcegos são cegos - FALSO

A crença popular diz que morcegos não enxergam - ao invés disso, eles usam sonares para se localizar através do som e do eco que as ondas sonoras fazem quando batem nos obstáculos. Eles realmente utilizam este recurso, mas ele serve apenas para auxiliar o vôo no escuro! Os olhos do morcego funcionam normalmente

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Como é o tratamento dessas doenças? No caso da exposição à raiva, é feita a chamada pós-profilaxia, que consiste no uso de soro antirrábico. Em casos da histoplasmose, é feito o tratamento antifúngico, usando a droga anfotericina. Na leptospirose, a bactéria é tratada com penicilina. Para os demais vírus, é feito o tratamento sintomático, com analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios. Se a doença for mais grave, o paciente será encaminhado para uma UTI para que receba os cuidados necessários

Quando ficou sabendo do ataque em Pearl Harbor, em 7 de dezembro de 1941, o dentista Lytle S. Adams estava em uma caverna analisando os morcegos, animais sobre o qual era especialista. E, com imagens de bombas lançadas de dezenas de aviões, ele pensou:...