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Motoristas usam "bolha" para se proteger do coronavírus

Moda que começou na China e ganhou as redes sociais não é eficaz no combate a pandemia da Covid-19, entenda os motivos

Saúde|Karla Dunder, do R7

Motorista em bolha
Motorista em bolha

Motoristas de táxi e de aplicativos criaram um jeito próprio de se proteger contra a Covid-19, doença causada pelo coronavírus: eles resolveram trabalhar dentro de uma espécie de bolha de plástico. A ideia desses motoristas é usar plástico transparente preso com fita adesiva para evitar o contato com os passageiros.

Saiba como se proteger e tire as suas dúvidas sobre o coronavírus

A ideia surgiu na China e rapidamente virou uma moda na internet. Motoristas e passageiros de diferentes cantos do mundo passaram a postar imagens nas redes sociais da suposta proteção.

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Para o médico infectologista da Beneficência Portuguesa, João Prats, “na teoria, se o isolamento fosse muito bem feito, se houvesse vedação total, seria uma forma de evitar, caso um passageiro desse um espirro ou tossisse, o contágio do motorista.”

No entanto, destaca que só teria funcionalidade se a bolha fosse totalmente vedada.


O infectologista destaca que os carros não foram projetados para que os motoristas fiquem em bolhas de plástico. “Com certeza a vedação não é completa e ainda é preciso avaliar a qualidade do plástico, se tiver algum furo, não vai adiantar nada”, explica.

Outra questão é que o motorista precisa tomar cuidado na hora de tirar o plástico para não se contaminar. “Se um passageiro estiver doente, mesmo mantendo a etiqueta e tossir em lenços ou máscara, vai encostar as mãos no banco ou porta, é preciso fazer a higienização constante do veículo.”


Apesar do plástico proteger a superfície, o que é muito importante para evitar o contágio por coronavírus, existe o risco da transmissão pelo ar. “Temos algumas questões, como o fluxo e circulação de ar dentro carro que pode levar o vírus do banco da frente para o de trás”, por exemplo.

A melhor forma de o motorista se proteger é levar o bom e velho álcool em gel no carro, lavar as mãos o tempo inteiro e evitar o contato físico com o passageiro, ainda mais na era dos aplicativos em que tudo é feito e pago pelo celular.

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