Não há comprovação científica do benefício de ingestão de placenta, como fez Fernanda Lacerda
Embora a prática possa oferecer nutrientes, os mesmos podem ser encontrados em alimentos, e o consumo do órgão não tem benefícios comprovados
Saúde|Do R7
A modelo Fernanda Lacerda, de 35 anos, deu à luz seu primeiro filho, Gabriel, nos últimos dias. Nas redes sociais, ela disse que, após o nascimento, comeu a placenta do bebê.
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"Parece um sushizinho. Com a fome que eu estou, eu comeria inteiro. Eu achei gostoso. Eu amei, parece um sushi, um sashimi", relatou. A médica que fez o parto completou que a ingestão "seria boa para repor a pele que se perdeu e dar mais leite no pós-parto".
No entanto, não existem estudos que comprovem os benefícios da ingestão da placenta.
A placentofagia, hábito do consumo do órgão, vem da crença de que a ingestão faria bem pelo fato de que inúmeros estudos afirmam que a placenta é rica em ferro, vitaminas B6 e E, e ocitocina, componente importante na produção de leite e na recuperação do útero após o parto.
A placenta é formada por tecidos dos óvulos, sendo responsável por manter o bebê vivo dentro da barriga da mãe e pelo fornecimento de nutrientes e oxigênio.
Em entrevista ao R7, o obstetra Alberto Guimarães afirmou que "não há estudos mostrando os benefícios da ingestão da placenta a ponto de a gente ficar defendendo como algo imprescindível".
Ele completa que, embora os nutrientes possam ser passados para a mãe com a ingestão, os mesmos benefícios podem ser encontrados no consumo de determinados alimentos. Ainda, a prática não é recomendada, pela possibilidade de haver manuseio do órgão fora do ambiente hospitalar, o que "daria mais dor de cabeça", segundo o médico.