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'Não há outro caminho que não a ciência', diz ministro da Saúde

Marcelo Queiroga falou hoje sobre importância de incentivar também investimentos privados em pesquisa de saúde no Brasil

Saúde|Do R7

Queiroga quer participação de farmacêuticas estrangeiras no fomento à pesquisa no Brasil
Queiroga quer participação de farmacêuticas estrangeiras no fomento à pesquisa no Brasil

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que investimentos em ciência e tecnologia são fundamentais para que o Brasil possa lidar com desafios existentes na saúde pública. Ele participou nesta segunda-feira (10) de um evento para avaliar os resultados parciais de estudos sobre a covid-19, envolvendo diagnóstico, tratamento e vacinas, financiados pelo governo federal.

"Não há outro caminho que não [seja] a ciência para que encontremos as soluções para o enfrentamento das questões sanitárias e, sobretudo, de uma situação pandêmica como esta, que felizmente não vivemos todos os dias", declarou Queiroga durante a abertura do seminário.

Ele defendeu ainda que o setor privado tenha mais participação nas pesquisas, em conjunto com universidades.

"Nos Estados Unidos, maior economia do mundo, o investimento em pesquisa não é feito só pelo governo, há uma forte participação da iniciativa privada, das indústrias farmacêuticas, atuando em parceria com as nossas universidades. E criando ali um ambiente muito propício para o desenvolvimento de inovações que podem ser úteis no enfrentamento de situações sanitárias como esta."


Para o ministro, "a indústria estrangeira é muito bem-vinda no cenário do fomento às pesquisas".

Ao longo desta semana, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, o Ministério da Saúde e o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) farão o evento como forma de ter um balanço do andamento das pesquisas nacionais para o enfrentamento da covid-19.


Este foi o primeiro evento público de Queiroga após o depoimento dele na CPI (comissão parlamentar de inquérito) que apura as ações do governo federal durante a pandemia.

Ontem, o presidente da CPI, o senador Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que a postura do ministro foi uma "grande decepção". Alguns senadores não se conformaram com a falta de clareza dele sobre o uso ou não da cloroquina no Sistema Único de Saúde, algo investigado pelo colegiado.


O ministro jogou para a Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS) a responsabilidade de decidir sobre o protocolo de tratamento da doença, embora o Ministério da Saúde, sob a gestão de Eduardo Pazuello, tenha emitido diretrizes para o uso da cloroquina.

Aziz também afirmou que Queiroga deve ser reconvocado futuramente para falar à CPI. 

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