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Nova York supera 100 mil casos e 2,3 mil mortes por coronavírus

Epicentro da pandemia no mundo, estado norte-americano está com hospitais lotados e vai começar a confiscar respiradores de centros privados

Saúde|Da EFE, com R7

Paciente com covid-19 é levado às pressas para hospital em Nova York
Paciente com covid-19 é levado às pressas para hospital em Nova York Paciente com covid-19 é levado às pressas para hospital em Nova York

O estado de Nova York contabilizava, nesta sexta-feira (3), 102.863 casos positivos de coronavírus, 10.482 a mais que na véspera, e 2.395 mortes, com 562 novos óbitos. O principal epicentro da covid-19 no mundo só tem menos casos confirmados que os EUA, a Espanha e a Itália.

Com o maior aumento ambas as estatísticas em 24 horas até o momento, o governador do estado, Andrew Cuomo, ordenou o cofisco dos respiradores de centros privados.

Leia também: Como os EUA, com mais de 245 mil casos, se tornaram epicentro de epidemia de coronavirus

"Os respiradores continuam sendo um problema; não há suficientes e ponto. Quase todas as pessoas que vão ao hospital têm coronavírus e o número de pacientes sem covid-19 caiu porque não temos mais a mesma taxa de criminalidade nem de acidentes. Muitos vão direto para a UTI e precisam dos respiradores ou processo para", disse Cuomo.

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Epicentro da pandemia

Em sua coletiva nesta sexta, ele disse que a curva de contágio "continua subindo". Com uma alta capacidades de testes, Nova York tem muito mais casos confirmados que estados como Nova Jersey (25.590 positivos), Califórnia (10.995) ou Michigan (10.971). Mais da mtade dos casos estão na densamente povoada cidade de Nova York (57,159).

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Nesta sexta, havia 14,810 pessoas hospitalizadas no estado, 3,731 delas em UTIs. Cuomo chamou a atenção para a lotação das unidades de saúde e disse que "as pessoas vão morrer no curto prazo porque chegam no hospital e ou não há leitos com respiradores ou não há pessoal ou não há equipamento de proteção."

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Foi isso o que o levou a assinar um decreto para que centros particulares possam "compartilhar recursos", evitando usar a palavra "confisco" que, em sua opinião, é um termo "muito duro".

"Estamos dividindo respiradores, usando máquinas de anestesia, os estoques federais não são suficientes para todos os estados. Não conseguimos comprar material, continuamos tentando com a China. Precisamos redistribuir os respiradores pelo sistema. Há hospitais que têm respiradores e quipamento, empresas do setor privado que não estão usando", disse Cuomo, que calcula que há "centenas" desses dispositivos sem uso no momento.

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"Vamos devolver depois ou reembolsar. Não posso fazer mais do que isso, mas não vou deixar que as pessoas morram se temos centenas de respiradores no estado. Peço desculpas pelo transtorno. A Guarda Nacional vai recolhê-los e fazer a distribuição", disse o governador, que também deixou um apelo para as empresas do país fazerem um esforço para fabricar máscaras, roupas hospitalares e materials de proteção para o rosto.

Reorganizando os hospitais de campanha

Cuomo afirmou que o volume de trabalho "normal" dos hospitais diminuiu "de forma dramática" com a paralisação de atividades não-essenciais e a recomendação de quarentena, assim como o cancelamento de cirurgias eletivas.

Com isso, será possível deslocar pessoal para reorganizar o enorme hospital de campanha montado no centro de convenções Javits em Manhattan, com 2.500 leitos, para que atenda pacientes com covid-19, e descartou que possa ocorrer o mesmo com o navio-hospital Comfort.

O navio está atendendo poucas dezenas de pacientes, mesmo tendo capacidade para várias centenas. Cuomo comentou que a posição da Marinha norte-americana é que a embarcação receberá apenas "pacientes sem covid-19" porque, segundo eles, "seria muito complicado desinfetá-la depois".

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