Número de casos de varíola do macaco no Brasil cresce 65% em uma semana e chega a 978
Estado de São Paulo concentra 75% de todos os diagnósticos; em seguida, aparecem Rio de Janeiro e Minas Gerais
Saúde|Do R7

O Ministério da Saúde informou nesta quarta-feira (27) que o total de casos confirmados de varíola do macaco no país atingiu 978. O número representa um aumento de 65% em relação ao da quarta-feira passada. Há duas semanas, eram 310 infecções.
Sozinho, o estado de São Paulo representa 75% dos casos (744). Em seguida, aparecem Rio de Janeiro (117) e Minas Gerais (44). As demais unidades da Federação com diagnósticos positivos são:
• Paraná (19)
• Distrito Federal (15)
• Goiás (13)
• Bahia (5)
• Santa Catarina (4)
• Ceará (4)
• Pernambuco (3)
• Rio Grande do Sul (3)
• Rio Grande do Norte (2)
• Espírito Santo (2)
• Acre (1)
• Mato Grosso (1)
• Tocantins (1)
Com a atualização, o Brasil ultrapassa a Holanda e se torna o sexto país com maior número de casos confirmados, atrás apenas da França (1.567), Alemanha (2.410), Reino Unido (2.432), Estados Unidos (3.590) e Espanha (3.738).
O mundo se aproxima da marca de 20 mil casos da doença, segundo levantamento dos CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças) dos Estados Unidos.
As primeiras infecções fora de áreas endêmicas da África foram registradas no início de maio, no Reino Unido e na Espanha.
No último sábado (23), a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou que a varíola do macaco é uma emergência global, afirmando que é necessário um esforço entre países para frear a disseminação do vírus.
A agência admitiu pela primeira vez, hoje, que a doença está se transmitindo por relações sexuais.
O que ainda intriga a ciência sobre a varíola do macaco:
É possível a reinfecção da doença? Por ser até então uma doença rara, ainda não é possível saber se há casos de reinfecção ou se as pessoas que já pegaram outros tipos de varíola estão imunes à doença. "Não se sabe se a doença pode ser pega mais de ...
É possível a reinfecção da doença? Por ser até então uma doença rara, ainda não é possível saber se há casos de reinfecção ou se as pessoas que já pegaram outros tipos de varíola estão imunes à doença. "Não se sabe se a doença pode ser pega mais de uma vez. O que se sabe é que a imunidade gerada pela doença ou pela vacinação é uma imunidade protetora e que dura um longo período de tempo. Até porque, se não fosse assim, a varíola não teria sido erradicada", ressalta Giliane Trindade






![Vai ser necessário vacinar toda a população?
Por ora, a OMS acredita que a vacinação pode ser localizada e indicada para pessoas próximas às infectadas, como está sendo feito no Reino Unido e nos Estados Unidos. Profissionais de saúde da linha de frente também podem ser beneficiados com o imunizante.
Existe uma vacina contra a varíola do macaco produzida pelo laboratório Bavarian Nordic, na Dinamarca. Além disso, a vacina usada anteriormente poderia ser empregada, mas precisaria passar por atualização. A questão é que não há produção em larga escala de nenhum imunizante.
A epidemiologista Andrea McCollum, do CDC, disse, em entrevista à revista Nature, acreditar que as terapias provavelmente não serão implantadas em grande escala para combater a varíola. Para conter a propagação do vírus, deve ser usado o método chamado vacinação em anel. Aplica-se o imunizante nos contatos próximos de pessoas que foram infectadas para cortar quaisquer rotas de transmissão. “Mesmo em áreas onde a varíola [do macaco] ocorre todos os dias, ainda é uma infecção relativamente rara”, afirmou a especialista](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/QKBWL7J2O5NRJP7OV4WHGB2PPA.jpg?auth=95a13bb0bf102b370ae62f0e354531eb43452a4647e955794466b31465338afc&width=771&height=514)
