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Número de cirurgias bariátricas aumenta em mais de 200% pelo SUS

Aumento se dá pelo abandono de planos de saúde e crescimento expressivo da obesidade no país; quatro Estados somam mais de 80% das cirurgias

Saúde|Giovanna Borielo, do R7*

Cirurgias bariátricas, nos sistemas público e privado, cresceram 47%
Cirurgias bariátricas, nos sistemas público e privado, cresceram 47% Cirurgias bariátricas, nos sistemas público e privado, cresceram 47%

Um estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), com dados do Sistema de Informações Hospitalares e Datasus, mostrou que houve um aumento de 215% na realização de cirurgias bariátricas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) entre 2008 e 2017.

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Segundo a SBCBM, o Brasil é o segundo país que mais realiza cirurgias bariátricas no mundo. O primeiro é os Estados Unidos. 

O crescimento anual de procedimentos é de 13,5%. De acordo com Caetano Marchesini, diretor da SBCBM, o aumento de cirurgias bariátricas pela rede pública se dá por dois motivos: com a crise, as pessoas não puderam mais pagar os planos de saúde. O outro seria o aumento expressivo da obesidade e a comunicação entre as pessoas que fazem a cirurgia bariátrica com sucesso.

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Entre os Estados que mais realizaram cirurgias bariátricas pelo SUS estão o Paraná (47%), São Paulo (20,2%), Minas Gerais (8,7%) e Espírito Santo (6,8%), somando mais de 80% dos procedimentos pelo país.

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Apesar do aumento significativo de cirurgias no sistema público, houve um aumento de quase 6% no setor privado entre 2016 e 2017, segundo o estudo. No total, houve um crescimento de 47% de cirurgias bariátricas no Brasil entre 2012 e 2017.

O estudo ainda mostra que a população elegível – pacientes com índice de massa corporal (IMC) acima de 35 sem resposta ao tratamento clínico, pacientes com obesidade mórbida ou IMC acima de 40, e pacientes de diabetes mellitus tipo dois (DM2) com IMC acima de 30 para controle da doença- soma 5 milhões de pessoas pelo país.

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Marchesini ressalta ainda o aumento de 110% da obesidade entre jovens, dado fornecido pela Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) de 2017, do Ministério da Saúde.

“Lutamos para que haja um plano de governo que introduza a educação alimentar como matéria escolar entre os sete e 11 anos. Isso teria um resultado a longo prazo para o governo”, afirma o cirurgião.

Para ele, a educação alimentar é a melhor forma de prevenir que crianças desenvolvam a obesidade.

*Estagiária do R7 sob supervisão de Deborah Giannini

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